São Paulo, domingo, 23 de dezembro de 2007


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

QUEIMA DE NATAL

Soluções pontuais ajudam a manter o ritmo em serviços

Empresários fazem uso de férias coletivas e contratos de longo prazo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Setores do ramo de serviços, como bares e restaurantes, por exemplo, também enfrentam queda dos lucros nas férias.
De acordo com os consultores ouvidos pela Folha, as soluções variam de acordo com as especificidades de cada setor.
"Mas as estratégias de venda, em linhas gerais, são as mesmas [das lojas e das indústrias]", afirma Alberto Lombrigatti, consultor do Sebrae-SP.
Marcel Hertach, dono do bar e restaurante Oliva Preta, por exemplo, desenvolveu estratégia baseada em sua localização, em um edifício comercial.
Como a maior parte das empresas tira férias entre 20 de dezembro e 5 de janeiro, Hertach decidiu programar-se para também fechar o restaurante no período, dando férias coletivas a todos os funcionários.
"A maioria das empresas está com pouco movimento, então não vale a pena abrir", explica. "E acho bom para os funcionários ter esse período de Natal e Ano Novo com a família."
Outra adaptação que Hertach fez está ligada à sazonalidade de dezembro, quando, segundo ele, o movimento do almoço diminui, já que muitos clientes preferem dirigir-se a grandes shoppings, para fazer as compras de fim de ano.
Por isso o bar passou a aceitar reservas para confraternizações de empresas e "happy hours" à noite. "Podemos até fechar o bar para uma festa."

Outras soluções
Segundo Alfredo Reis, professor do Ibmec São Paulo, outra opção ao empresário é estabelecer, durante o ano, contratos de longo prazo com seus clientes, oferecendo descontos em troca de exclusividade.
"Mesmo que nos demais meses do ano ele opere abaixo de sua média, a vantagem do contrato de longo prazo com desconto é que nos meses ruins haverá serviço", explica Reis.
Já o empreendedor que trabalha como profissional liberal vendendo horas de serviço pode adotar as promoções.
"No setor de serviço não tem estoque, mas pode haver ociosidade", ressalta Lombrigatti. "Aí pode-se pensar em condições especiais para vender essas horas, com descontos." (LF)


Texto Anterior: Queima de Natal: Desafio no pós-Natal é gerenciar os estoques
Próximo Texto: Churrascaria põe as fichas no turismo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.