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Programas de incentivo à inovação ganham reforço
Iniciativas oferecem subsídio para desenvolvimento de produto e serviço
ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como a inovação tem sido
a tônica nas empresas, micro
e pequenos empresários que
se preocupam com o tema
passam a ter mais um programa de incentivo à disposição, o SebraeTec.
Lançada no último dia 19
pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a iniciativa
vai disponibilizar R$ 85 milhões em 2011 para o desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores, diz Edson Fermann, gerente de inovação do Sebrae
Nacional. A meta é atender 12
mil empresas por ano.
Além do SebraeTec, existem outros programas de incentivo a micro e pequenas
empresas, como os da Finep
(Financiadora de Estudos e
Projetos), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Só o programa Subvenção
Econômica, mantido pela
instituição, disponibilizou
R$ 500 milhões em 2010.
"Avaliamos se o produto
vai gerar lucro", afirma o superintendente da instituição,
Murilo Azevedo Guimarães.
Para os paulistas, há ainda
o Funcet (Fundo Estadual de
Desenvolvimento Científico
e Tecnológico), da Secretaria
de Desenvolvimento, que
distribuiu até R$ 10 milhões
em linhas de crédito para
projetos inovadores em
2009, segundo o secretário
da pasta, Luciano Almeida.
RESULTADOS
Apesar da oferta, há quem
avalie que os programas são
restritos. Roberto Nicolsky,
diretor da Protec (Sociedade
Brasileira Pró-Inovação Tecnológica), ressalta que boa
parte deles privilegia apenas
itens com alta carga de inovação. "Só os extremamente
sofisticados são aprovados."
Como o amortecedor para
bicicleta de competição produzido pela ProShock. Para
desenvolvê-lo, a empresa recorreu ao Funcet em 2007 e
recebeu cerca de R$ 700 mil,
destaca o gestor de marketing Carlos Ghiraldelli, 31.
Com subsídio de R$ 2 milhões da Finep, o dono da Zelus (de serviços para a indústria farmacêutica), Mario
Moffa, 61, está desenvolvendo um remédio para o diabetes tipo 2. "A meta é aumentar o faturamento."
"Já temos clientes interessados em comercializar o
nosso produto", conta Antônio Francisco Júnior, 52, proprietário da Atonus Engenharia de Sistemas, sobre o
scanner tridimensional.
Cerca de R$ 500 mil foram
subsidiados pelo Funcet para executar o projeto. "A intenção é passar de pequena
para média empresa", completa Francisco Júnior.
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