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Retomada inclui recompra de fábrica
Sob controle de estrangeiros por dez anos, a Forno de Minas volta ao dono original para estimular as vendas
DE SÃO PAULO
O mote para o retorno da
Forno de Minas ao mercado
um ano depois de sua desativação é "pão de queijo com
seis vezes mais queijo".
Essa história, contudo, teve uma reviravolta que a di-ferencia dos demais casos: a
marca foi vendida a uma gigante norte-americana, perdeu fôlego e foi retomada pelos proprietários anteriores.
O diretor-presidente da
empresa, Hélder Mendonça,
conta que quando as operações foram vendidas à General Mills, em 1999, a receita
levava 20% de queijo.
No ano passado, "tinha
apenas 2% e muito aromatizante", compara. Ele atribui
à mudança na fórmula original o declínio do negócio.
Nos dez anos em que a
marca esteve em mãos estrangeiras, calcula, a produção foi reduzida de 1.600 para 800 toneladas por mês.
Com isso, a General Mills
descontinuou a produção,
que foi recomprada pelos
fundadores no ano passado.
A retomada começou pelas gôndolas, que representam 40% do faturamento.
"Temos de convencer o
consumidor de que a qualidade do produto voltou", diz.
COPA-2014
O trabalho mais complexo
será com os cafés e restaurantes, que representam
60% de todas as vendas.
Alguns dos que trabalhavam com o produto na época
da transição tiveram de procurar outro fornecedor por
causa da rejeição do público
às mudanças nas características do pão de queijo.
"Precisaremos recuperar o
relacionamento [com o canal]. Não é um trabalho do
dia para a noite", salienta.
Hoje, a empresa produz
600 toneladas por mês e pretende fechar o ano com um
faturamento de R$ 70 milhões. Até a Copa-2014, o plano é alcançar R$ 250 milhões
- crescimento de 350%.
O Mundial de futebol no
Brasil, aliás, favorece investimentos no país, assim como
os Jogos Olímpicos.
Os dois eventos têm sido
considerados marcos para as
estratégias das companhias
que retomam seus negócios,
como as fabricantes de roupas Pakalolo e Athleta.
"Nos próximos anos, o
Brasil vai se tornar um canteiro de obras", destaca Roberto Gonzalez, da Trevisan
Escola de Negócios.
A Copa-2014 promete trazer também desenvolvimento de novas regiões de negócios para os empreendedores, principalmente o Nordeste. "Boa parte das franquias mira hoje áreas fora do
eixo Sul-Sudeste", comenta
Pedro Zanni, da BSP.
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