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Gestão - vendas
Expor "in company" diminui distância até consumidores
Espaço e despesas extras devem ser considerados
LAURA LOPES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se o cliente não pode ir até a
empresa, a empresa vai até ele.
Ou melhor: até seu trabalho.
Com a correria do fim do ano, o
empresário ganha se diminuir a
distância até o consumidor.
As vendas "in company" são
pequenos showrooms, montados dentro de grandes empresas, que expõem produtos aos
funcionários do local.
"É difícil sair no meio do expediente para fazer compras,
devido ao trânsito e ao tempo
perdido", aponta Conrado
Adolpho, consultor de negócios
de micro e pequenas empresas.
"Quebrar a barreira da locomoção é um grande benefício."
Com esse canal de vendas,
não há gastos com espaço, segurança ou infra-estrutura. Por
outro lado, as firmas vendedoras podem ter custo extra com
transporte e alimentação.
Elaine Cuin, dona de uma
floricultura, conta que houve
casos em que as vendas "in
company" não valeram a pena.
"Paguei almoço e hora extra aos
funcionários."
Ela afirma, porém, que o saldo final é positivo. "Distribuo
cartões e as pessoas ligam atrás
dos meus serviços", diz Cuin.
O empresário Linneu Salles
Júnior, sócio do Shopping das
Fábricas (confecções), criou
uma divisão especializada nas
vendas "in company", que representam de 30% a 40% de
seu faturamento mensal.
Salles cadastrou as 300 empresas onde vende e treinou 15
de seus 60 funcionários para
trabalhar fora das lojas.
Segundo ele, o clima da firma
visitada interfere nas vendas.
"Se ela estiver com muita demanda e pagando hora extra, as
vendas serão boas", aponta Salles. Já fases de demissão são
"péssimas influências".
O espaço onde é feita a venda
também é crucial: o sucesso do
negócio é ligado a quantas pessoas passam por ele.
A produtora de hortaliças orgânicas Zilda dos Santos monta, uma vez por mês, uma banca
na saída do refeitório de uma
grande editora. "Sempre volto
com encomendas", conta.
Franqueados também podem vender dentro de outras
empresas, desde que respeitem
a política da franqueadora.
Vilma da Cruz Costa, dona de
uma distribuidora da Cacau
Show, quer visitar 80 firmas até
o Natal. "É bom se cadastrar em
associações de funcionários e
no setor de recursos humanos,
que organizam pequenas feiras
para os funcionários", sugere.
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