São Paulo, domingo, 25 de novembro de 2007


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Gestão - vendas

Expor "in company" diminui distância até consumidores

Espaço e despesas extras devem ser considerados

LAURA LOPES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se o cliente não pode ir até a empresa, a empresa vai até ele. Ou melhor: até seu trabalho. Com a correria do fim do ano, o empresário ganha se diminuir a distância até o consumidor.
As vendas "in company" são pequenos showrooms, montados dentro de grandes empresas, que expõem produtos aos funcionários do local.
"É difícil sair no meio do expediente para fazer compras, devido ao trânsito e ao tempo perdido", aponta Conrado Adolpho, consultor de negócios de micro e pequenas empresas. "Quebrar a barreira da locomoção é um grande benefício."
Com esse canal de vendas, não há gastos com espaço, segurança ou infra-estrutura. Por outro lado, as firmas vendedoras podem ter custo extra com transporte e alimentação.
Elaine Cuin, dona de uma floricultura, conta que houve casos em que as vendas "in company" não valeram a pena. "Paguei almoço e hora extra aos funcionários."
Ela afirma, porém, que o saldo final é positivo. "Distribuo cartões e as pessoas ligam atrás dos meus serviços", diz Cuin.
O empresário Linneu Salles Júnior, sócio do Shopping das Fábricas (confecções), criou uma divisão especializada nas vendas "in company", que representam de 30% a 40% de seu faturamento mensal.
Salles cadastrou as 300 empresas onde vende e treinou 15 de seus 60 funcionários para trabalhar fora das lojas.
Segundo ele, o clima da firma visitada interfere nas vendas. "Se ela estiver com muita demanda e pagando hora extra, as vendas serão boas", aponta Salles. Já fases de demissão são "péssimas influências".
O espaço onde é feita a venda também é crucial: o sucesso do negócio é ligado a quantas pessoas passam por ele.
A produtora de hortaliças orgânicas Zilda dos Santos monta, uma vez por mês, uma banca na saída do refeitório de uma grande editora. "Sempre volto com encomendas", conta.
Franqueados também podem vender dentro de outras empresas, desde que respeitem a política da franqueadora.
Vilma da Cruz Costa, dona de uma distribuidora da Cacau Show, quer visitar 80 firmas até o Natal. "É bom se cadastrar em associações de funcionários e no setor de recursos humanos, que organizam pequenas feiras para os funcionários", sugere.

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