DA REPORTAGEM LOCAL

Foi o tempo em que gatos e cachorros eram integrantes secundários da família. Praticamente donos da casa, contam com uma fatia do orçamento mensal para suas despesas -que já não se resumem à ração e englobam acessórios, moda e cosméticos.
A atenção crescente destinada pelos donos aos animais de estimação é um fenômeno que não pára de gerar negócios. Começando na próxima quarta-feira no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a Pet South America (Feira Internacional de Produtos e Serviços da Linha Pet e Veterinária) exibe o potencial do setor.
De acordo com dados da Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação), o Brasil tem hoje 27 milhões de cães e 11 milhões de gatos, a segunda maior população de animais de estimação do mundo -perdendo apenas para os Estados Unidos.
Com entrada restrita a profissionais atuantes no setor, a feira acontece até sexta-feira e concentra 170 expositores focados em alavancar negociações. A expectativa da VNU Business Media Brasil, organizadora do evento, é que pelo menos 22 mil pessoas passem por lá durante os três dias.
Paralelamente ao evento, acontecem o 3º Fórum Pet Food e o 4º Conpavepa (Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais).
Entre os lançamentos deste ano, os mimos para a bicharada se firmam como a principal tendência. "São o forte do mercado hoje. O bem-estar proporcionado ao bicho faz bem ao dono também", analisa Ricardo Matrone, 42, diretor do evento.
Para ele, essa é a razão do surgimento de produtos com apelos cada vez mais eficazes, que vão de casinhas desmontáveis com chaminé, passando por guloseimas caninas a cosméticos refinados para banho e modelitos em couro.
"É um mercado tradicionalmente informal que está se profissionalizando e crescendo", diz Matrone. "O próximo passo é ganhar potencial para exportação."