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São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2003


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DESENVOLVIMENTO

Rede paulista quer auxiliar a comercialização de produtos e interligar iniciativas

Estado duplicará suas incubadoras

TATIANA DINIZ
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

O Estado de São Paulo terá seu número de incubadoras de empresas duplicado no próximo ano. Das 40 operando hoje, chegará a 46 até dezembro e a 80 em 2004, segundo o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).
Além disso, acaba de ser criada a RPI (Rede Paulista de Incubadoras), que promete turbinar as iniciativas do gênero com ações como intercâmbio de informações on-line, treinamento de gerentes e foco redobrado na comercialização de produtos.
A RPI foi formalizada durante o 13º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, realizado em Brasília pelo Sebrae e pela Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas), na semana passada.
"Em seis meses, estará operando", prevê Sérgio Risola, gestor do Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas da USP), eleito presidente da RPI em assembléia na última quarta-feira.
A implementação da rede será coordenada por um comitê formado pelos gestores Consuelo Braz (São José do Rio Preto), Davi Sales (Campinas), Orlando Eugênio de Carvalho (São José dos Campos) e Vera Poleto (Rio Claro), com primeira reunião agendada para o dia 24 de novembro.
Maior incubadora do país, o Cietec vai pôr um pé no freio da própria expansão para assumir papel central na RPI. "Não vamos crescer mais. Focaremos em ações como a viabilização comercial dos produtos desenvolvidos pelos incubados do Estado e no cadastramento de consultores afinados com as necessidades das incubadoras", explica Risola.
O centro está estruturando o Núcleo de Comercialização Tecnológica, que cuidará da formação de representantes de venda.
Para Paulo Okamota, do Sebrae Nacional, é um direcionamento necessário. "O Estado de São Paulo tem muitos municípios envolvidos no movimento de incubadoras. É preciso aproximar as empresas do mercado para que os projetos dêem certo", enfatiza.
Se a previsão de crescimento do Sebrae-SP se concretizar, mais de 10% dos municípios do Estado -que tem 635 cidades- terão incubadoras ao final de 2004.
"A incubação é uma alavanca ao desenvolvimento local. Por isso os novos projetos estão afinados com as vocações regionais", diz Marcelo Dini Oliveira, gerente de inovação do Sebrae-SP.
Além dos tipos tradicional (voltados à indústria) e de base tecnológica, um novo modelo de incubadoras deve surgir no Estado em 2004: as "temáticas". Com o novo conceito, iniciativas agrícolas, ecológicas e culturais também terão vez no universo da incubação.


A jornalista Tatiana Diniz viajou a Brasília a convite do Cietec


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