São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011


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CRÉDITO

Aporte de recurso de "anjo" requer revisão contratual

CAROLINE PELLEGRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O aporte de fundos de investimento e de investidores-anjo tem se popularizado, segundo especialistas consultados pela Folha.
Esse movimento, porém, pede atenção dos empresários que recorrem a capital dessas fontes. A começar pelo contrato, já que, com o recurso, chega também a partilha da sociedade.
"Investidor é bem-vindo quando há elaboração de um contrato minucioso. A diluição dos sócios é inevitável; é isso ou pegar emprestado dos bancos por altas taxas de juros", diz Cristina Helena de Mello, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) .
O empresário Alberto Blois, 43, teve um amigo como investidor-anjo da consultoria em TI, em 2003. Mas, devido à amizade, o contrato não foi feito.
"Perdi amigo e dinheiro, porque o aporte não foi no volume e nem no "timing" combinado. Tive que parar e voltar um ano depois com capital próprio."
O investidor, no entanto, pode colaborar com ampliação do relacionamento, localização de especialistas, obtenção de capital ou administração de RH.
"O investidor tem que entender do setor e participar", diz o sócio da empresa de recrutamento i-Hunter José Essabbá, 40.
Essabbá e o sócio conheceram o investidor-anjo que agregou técnicas de gestão à empresa. "Houve diluição da participação, mas preferimos ter 1% de um negócio promissor do que 100% de um fracassado", pondera.
"É essencial a negociação dos termos do contrato", alerta o diretor da área de capital de risco da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), José Aranha.


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