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FEIRAS
Número de bufês no país cresce 40%
Para vencer a concorrência, aposta é nos brinquedos de grande porte
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O número de bufês no Brasil cresceu 40% no ano passado em relação a 2008.
A alta foi puxada por cidades
como Belo Horizonte, cujo
incremento foi de 100%.
Os dados, divulgados na
Expo Parques e Festas (feira
para parques temáticos e bufês), que aconteceu na semana passada em São Paulo, indicam que o reaquecimento
no setor acompanha a procura crescente pelos salões.
"O número de festas realizadas em São Paulo teve um
crescimento de 45% de 2008
para 2009", afirma Marcelo
Golfieri, sócio-fundador da
Assebi (Associação das Empresas de Buffets Infantis) e
da Universidade da Diversão.
A demanda leva à concorrência, que leva à moderni-
zação. Piscina de bolinha,
cama elástica e pula-pula
dão lugar a brinquedos de
parques de diversões em tamanho reduzido, como montanha-russa e barco viking.
Com essa tendência, os
bufês foram obrigados a mudar para galpões maiores.
"Hoje é preciso ter ao menos três brinquedos grandes
e investimento de R$ 500 mil,
que, se bem trabalhado, será
pago em 24 a 30 meses, para
um agenda mínima de 20 festas por mês", analisa Golfieri.
Patrícia Bastos, proprietária de um bufê em Canoas
(RS), veio pela terceira vez a
São Paulo para conhecer os
lançamentos em brinquedos
interativos para as crianças.
Seu maior interesse foi um
minicinema "6D" apresentado na feira, que custa R$ 60
mil e que pode ser instalado
em uma área de 4 m2. A atração, para oito pessoas, expele cheiros e bolas de sabão.
"Não fechei o negócio porque achei um investimento
muito alto para um brinquedo que ainda é protótipo."
LOCALIZAÇÃO
Antes de selecionar os
brinquedos, o empresário
deve atentar para o ponto.
"As pessoas não querem ficar horas no trânsito para
chegar a uma festa. Esse foi
um dos motivos que levaram
à abertura de bufês em vários
bairros, com preços que variam de R$ 2.500 a R$ 8.000
para um pacote para 50 pessoas", justifica Golfieri.
Outra recomendação é
buscar informações no mercado e entender os bastidores das festas, como pagamento de impostos e contratação de funcionários. Esses
dados podem ser obtidos na
Assebi, no Sebrae local e com
os próprios donos de bufês.
Foram essas as preocupações de Patrícia Dias, 29, que
pretende inaugurar a primeira casa, em Santana (zona
norte), no segundo semestre.
"A inauguração vai acontecer logo depois da chegada
e da instalação dos brinquedos, que demoram em média
60 dias para serem entregues
após o pedido", conta.
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