São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010


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FEIRAS

Número de bufês no país cresce 40%

Para vencer a concorrência, aposta é nos brinquedos de grande porte

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O número de bufês no Brasil cresceu 40% no ano passado em relação a 2008. A alta foi puxada por cidades como Belo Horizonte, cujo incremento foi de 100%.
Os dados, divulgados na Expo Parques e Festas (feira para parques temáticos e bufês), que aconteceu na semana passada em São Paulo, indicam que o reaquecimento no setor acompanha a procura crescente pelos salões.
"O número de festas realizadas em São Paulo teve um crescimento de 45% de 2008 para 2009", afirma Marcelo Golfieri, sócio-fundador da Assebi (Associação das Empresas de Buffets Infantis) e da Universidade da Diversão.
A demanda leva à concorrência, que leva à moderni- zação. Piscina de bolinha, cama elástica e pula-pula dão lugar a brinquedos de parques de diversões em tamanho reduzido, como montanha-russa e barco viking.
Com essa tendência, os bufês foram obrigados a mudar para galpões maiores.
"Hoje é preciso ter ao menos três brinquedos grandes e investimento de R$ 500 mil, que, se bem trabalhado, será pago em 24 a 30 meses, para um agenda mínima de 20 festas por mês", analisa Golfieri.
Patrícia Bastos, proprietária de um bufê em Canoas (RS), veio pela terceira vez a São Paulo para conhecer os lançamentos em brinquedos interativos para as crianças.
Seu maior interesse foi um minicinema "6D" apresentado na feira, que custa R$ 60 mil e que pode ser instalado em uma área de 4 m2. A atração, para oito pessoas, expele cheiros e bolas de sabão.
"Não fechei o negócio porque achei um investimento muito alto para um brinquedo que ainda é protótipo."

LOCALIZAÇÃO
Antes de selecionar os brinquedos, o empresário deve atentar para o ponto.
"As pessoas não querem ficar horas no trânsito para chegar a uma festa. Esse foi um dos motivos que levaram à abertura de bufês em vários bairros, com preços que variam de R$ 2.500 a R$ 8.000 para um pacote para 50 pessoas", justifica Golfieri.
Outra recomendação é buscar informações no mercado e entender os bastidores das festas, como pagamento de impostos e contratação de funcionários. Esses dados podem ser obtidos na Assebi, no Sebrae local e com os próprios donos de bufês.
Foram essas as preocupações de Patrícia Dias, 29, que pretende inaugurar a primeira casa, em Santana (zona norte), no segundo semestre.
"A inauguração vai acontecer logo depois da chegada e da instalação dos brinquedos, que demoram em média 60 dias para serem entregues após o pedido", conta.


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