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São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003


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Prestadores de serviços e fornecedores de inovações tecnológicas para casas e empresas ampliam clientela

Engenhocas acionam o faturamento

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma pitada de criatividade mesclada à tecnologia tem sido a receita para o lucro de algumas empresas e prestadoras de serviços, a partir das mudanças comportamentais dos consumidores.
O temor dos avós de encerrar a vida em um asilo, por exemplo, pode estar com os dias contados, se depender de soluções dessa natureza. Sistema de monitoramento domiciliar já permite que idosos possam passar mais tempo sozinhos. O equipamento foi trazido ao Brasil pela AlôHelp, que opera em São Paulo desde março.
Importado de Israel, o sistema também atende pessoas com necessidades especiais, como cardíacos e pacientes crônicos. Segundo a empresa, o plano de negócios já foi superado, antes mesmo de um ano de operação.
O faturamento também engrena quando o assunto é automação residencial. Viajar ao exterior e ter a chance de monitorar uma casa "inteligente" via internet deixou de ser esforço de abstração.
Isso já é realidade no Brasil, afirma a arquiteta Virgínia Rodrigues, 31, sócia de um escritório que se dedica à integração de sistemas de "moradias do futuro".
O administrador de empresas T.M., 40, que preferiu não se identificar, adotou a automação em sua cobertura dúplex. Os recursos permitem, por exemplo, que cortinas sejam programadas para abrir ou fechar conforme o desejo do morador. "Quando chego em casa, à noite, elas já estão abertas."
"Em um ano, o faturamento mais que duplicou", comenta a arquiteta, que há três anos trabalhava apenas com decoração.
Segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial, os projetos de automação para casas e as vendas de equipamentos desse setor, em 2001 (último dado disponível), aumentaram 66% em relação ao ano anterior.
Rodrigues conta que seu escritório, o Marbie Systems, já recebe projetos de condomínios até de classe média. "As construtoras estão vindo atrás desse serviço", diz.

Casinha e elevador
Nem mesmo os cães escapam das novas formas de tecnologia. A Finder projeta uma "casinha inteligente de cachorro", equipada com um alimentador automático.
A fabricante de relés e temporizadores desenvolveu apenas um protótipo a pedido da Brasiltec, mas ainda não o comercializa.
Com a nova engenhoca, no futuro o dono poderá programar os horários das refeições do animal.
Também ganham fôlego no mercado tecnologias de comando de voz, controle de acesso através de impressão digital, aspiração central a vácuo, reutilização da água e uso da energia solar.
Produtos com reduzido consumo de energia, como o elevador a vácuo criado pela MHM, indústria metalúrgica de Limeira (SP), são outras vedetes tecnológicas.
A invenção tornou-se o principal negócio da fabricante de autopeças. Por mês, são vendidos de dez a 12 elevadores da marca.
A especialista em biometria BioAccess apostou no controle de acesso em portas e catracas através de impressão digital. Eduardo Todeschini, 40, diretor comercial, afirma que a demanda tem sido em sua maior parte corporativa, mas que já recebe pedidos para residências. Entre os novos clientes, está uma rede de escolas de idiomas, que busca equipamentos para o controle da frequência dos alunos por meio digital.


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