São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011


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Site oferece dezenas de logomarcas

Empresários pagam a partir de R$ 195 e recebem várias opções de desenho

DE SÃO PAULO

O gerente de impressão Jonas Mateus, 36, de Santa Maria (RS), gasta de três a quatro horas por dia desenvolvendo logotipos e logomarcas para concorrer a prêmios em um site.
Entre os 15,3 mil designers cadastrados na plataforma, ele foi o que mais venceu: 95 vezes, o que lhe rendeu cerca de R$ 20 mil.
O "crowdsourcing" no mercado de logotipos e logomarcas ganhou popularidade com o site We Do Logos. As empresas inscrevem-se, pagam taxa (a partir de R$ 195), escrevem uma pequena descrição da companhia e estabelecem prazo para o envio de propostas.
À medida que chegam as peças, os contratantes sugerem mudanças e alterações. Se nada agradar, o empresário terá a possibilidade de receber o dinheiro de volta.
"E quem vai fazer uma logomarca por R$ 195? Quem quiser. Os que acham pouco fazem proposta para concursos que pagam mais", afirma Gustavo Mota, dono do site.
Mota já desenvolvia identidade visual para empresas, mas o "crowdsourcing" fez o negócio deslanchar.
Agora seu público é formado quase exclusivamente por pequenos empresários "que querem uma solução de design a custo acessível".
O site foi lançado em setembro de 2010. Até o fim da semana passada, havia cerca de 900 projetos em disputa na plataforma, que, juntos, oferecem recompensa de mais de R$ 200 mil.
Com R$ 300, os donos da Invejada Eletro, de Mutum (MG), abriram concurso para obter um novo logotipo. Em 12 dias, os empresários computavam 74 propostas.

QUALIDADE
Kiko Farkas, designer gráfico que atende a grandes empresas, questiona "até que ponto os clientes têm condições de fazer uma análise técnica" das peças enviadas.
Ele observa, ainda, que visualizar as sugestões pela internet não é o ideal. É preciso, diz, fazer simulações para projetar o resultado em versões em movimento e anúncios impressos, por exemplo.
Um dos donos da Invejada Eletro, Fabrício Camargo, 28, porém, aprova o resultado.
"O trabalho [das agências] é lento e só anda em um sentido. Se você diz que [o projeto] não está legal, o designer só faz pequenas alterações, porque a mente dele já foi para aquele lado", critica.
No site, completa, não há esse tipo de resistência.


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