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Mercado de jogo educativo cresce
Uso restrito da internet e preocupação com navegação dos filhos mudam cenário de software
MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO
Crianças mais próximas
do computador -mas ainda
distantes da internet- desenham oportunidades ao mercado de software educativo.
Apenas metade dos pequenos que usam o computador conecta-se à internet, segundo pesquisa finalizada
em outubro pelo Centro de
Estudos sobre as Tecnologias
da Informação e da Comunicação com 2.502 residências
brasileiras com crianças.
O estudo mostra que 57%
das crianças de cinco a nove
anos já usaram o computador. O acesso à internet, porém, atinge 29% do total.
Essa é uma das razões para
o software educativo, antes
restrito à escola, ganhar cada
vez mais espaço nas casas.
As instituições de ensino
ainda ocupam a maior fatia
nas vendas, mas o uso doméstico, antes insignificante, supera os 20% do faturamento -e vem aumentando.
O que altera a característica do mercado é a maior
preocupação dos pais, afirma Gislene Antunes, sócia-diretora da Softmarket, que
produz e vende softwares.
"De cinco anos para cá, eles
começaram a investir na educação com o computador."
Segundo a empresária, o
aumento da adesão ao PC em
casa fez com que os pais buscassem conteúdo educativo.
O mercado, analisa Antunes, era forte há 15 anos, mas
a qualidade gráfica dos softwares importados tornou a
disputa mais difícil a partir
do ano 2000. "Agora já temos
tecnologia acessível para fazer um software com conteúdo regional e mais bonito."
Em 2000, chegaram ao
mercado brasileiro os da Disney, com bons gráficos e personagens conhecidos da garotada. O conteúdo pouco regional, porém, fez com que
as empresas nacionais se
mantivessem nas escolas.
Outro nicho dentro do
mercado de software educativo que ganha cada vez mais
relevância é o da saúde.
Fisioterapeutas e psicólogos fazem parte do público-alvo dos programas criados
por Cecília Gandra, sócia-proprietária da RCT, que desenvolve aplicativos chamados por ela de "atividades
com o computador" dada a
sua simplicidade .
Com produtos voltados
para desenvolver habilidades específicas e treinamentos motores, Gandra investe
agora em softwares para
pessoas com deficiência.
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