São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007


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FEIRAS

"Infiel", ala masculina seduz setor de perfumaria

Na Beauty Brasil, lançamentos para homens ganham destaque

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No caso dos homens, quanto mais infiéis e volúveis, melhor. Pelo menos é essa a filosofia de empresários que vendem perfumes para a ala masculina: com o objetivo de aumentar as receitas, a estratégia agora é fazer com que o consumidor abandone a fragrância clássica e experimente novos aromas.
A tentativa tem surtido efeito. Na Beauty Brasil, feira de cosméticos que terminou ontem em São Paulo, as mulheres tiveram de repartir holofotes com a avalanche de lançamentos para o público masculino.
Prova disso é que as nove importadoras presentes no evento -que representam 135 marcas mundiais- deram atenção especial a eles. Dos 9 lançamentos da RR, por exemplo, 5 foram masculinos. Já a Dior trouxe a nova versão do Fahrenheit 32 apenas para homens.
Segundo Bárbara Kern, diretora da importadora Rothenberg, os produtos masculinos somam 45% dos lançamentos. "Isso é sinal de que o homem está mudando de atitude, deixando de ser fiel a uma só marca e querendo um perfume para cada estado de espírito", diz.
De acordo com Kern, uma pesquisa feita neste ano nos Estados Unidos e na Inglaterra revelou que 60% dos homens têm mais de uma fragrância.
Essa mudança no comportamento masculino é visível. Até pouco tempo atrás, as fragrâncias eram cítricas ou amadeiradas -agora, os lançamentos incluem também de aromas femininos à base de flores, que são mais suaves e envolventes (confira, ao lado, produtos no estilo "cool", que arrebataram as vendas no verão europeu).

Fatores de decisão
Para que o produto tenha saída, sugere Cidinha Souza, da TFS, ele precisa estar em córner exclusivo, a ambientação da loja deve informar a novidade, e a marca tem de ser divulgada em revistas. "Além disso, a amostra é decisiva", assinala.
"Não podem faltar as fragrâncias de Jean Paul Gaultier e de Carolina Herrera", salienta Heloisa Sanches, das lojas de perfume Rivoli, que aposta no cliente masculino porque "ele não economiza e é o que mais compra essências de 100 ml".


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