São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Investigação não elimina os riscos

Fernando Moraes/ Folha Imagem
O empresário Guilherme Graef, que comprou um ponto falido


FREE-LANCE PARA A FOLHA

Mesmo a mais criteriosa das análises sobre o passado de uma empresa não elimina os riscos da compra. Muitas vezes, os pequenos credores passam despercebidos, mas, quando vêm cobrar a conta do novo dono do ponto, trazem prejuízo.
Dívidas trabalhistas também são um problema, e dos mais complicados. Mesmo que a sua empresa não tenha mais nenhum vínculo com a que funcionava antes no mesmo local, judicialmente você pode ser considerado co-responsável pela questão.
Para evitar dor de cabeça, o ideal é consultar um advogado. Guilherme Graef, 45, fez a investigação de praxe antes de comprar uma galeteria falida e inaugurar o restaurante Sapore Alla Griglia. Também fez acordos coletivos para regularizar a situação dos empregados da antiga galeteria. Alguns deles estavam sem receber havia dois meses.
Mesmo assim, Graef foi surpreendido na última hora. "No dia da compra, pouco antes do pagamento, a minha mulher me ligou do restaurante, dizendo para suspender tudo. Havia dez fornecedores cobrando velhas dívidas na porta", conta ele.
O imprevisto foi resolvido com novas negociações. Hoje o restaurante fatura cerca de R$ 40 mil mensais, quase três vezes o que era registrado pelo antecessor.

Começar bem
O diretor de economia da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, reforça a importância do planejamento prévio. "Se começar errado, é muito difícil consertar."
Segundo ele, é bom analisar as dificuldades do empreendedor anterior para aprender lições, descobrir se o fracasso do negócio se deveu à má localização, a problemas administrativos ou então a dificuldades financeiras.


Texto Anterior: Burocracia exige atenção redobrada
Próximo Texto: Gestão: Parceiros ajustados evitam desperdício
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.