São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002


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ANO NOVO, VIDA E EMPRESA NOVAS

Tocar um negócio à beira-mar ou no interior vira meta de quem quer mais qualidade de vida

Ano Novo inspira empresa dos sonhos

Fernando Moraes/Folha Imagem
Cássia Martins e Mário Negrette Jr., que querem abrir pousadas


RENATO ESSENFELDER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A contagem regressiva para o Ano Novo já começou. Em três dias, 2002 terá virado, como em um passe de mágica, passado. É hora de renovar as esperanças.
E é também hora de reflexão. Momento propício para os mais estressados com a rotina das grandes cidades começarem a sonhar com negócios mais "românticos" ou até "idílicos" -como pousadas, quiosques e outros.
Não há fórmula que garanta bom rendimento e pouco trabalho -afirmam os consultores-, mas existem modelos de negócios que exigem pouca estrutura e que podem trazer satisfação a quem tem o próprio bem-estar como prioridade (leia texto na pág. 3).
"Sonhar é muito bom, é importante e deve ser perseguido. A questão é saber diferenciar um sonho de um delírio ou fascinação", afirma o consultor e ex-professor de empreendedorismo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Fernando Dolabela.
Segundo ele, cada um deveria passar de seis meses a dois anos vivenciando experiências relativas às metas de empreendedor. Quem quer ter um pesque-pague, por exemplo, precisa visitar vários deles e conhecer bem o negócio para ter certeza de que será feliz realizando aquela atividade.
"Muitos perdem as economias de uma vida inteira nessas aventuras, por não saber esperar."

Sonhadores
Mesmo reconhecendo que não há lugar para contos de fada no mundo dos negócios, os sonhadores de plantão não abrem mão de seus planos. "É um sonho para o futuro e sei que dificuldades aparecerão, mas temos de passar por cima delas", anuncia o designer gráfico Guilherme Grolla, 26.
Sua meta é ter uma pousada em Florianópolis (SC), cidade para ele "calma, mas completa em oferta de serviços". O designer ainda não amadureceu a idéia, mas se informou sobre os custos e sobre as possibilidades de gestão.
Grolla está no mesmo estágio de Cássia Martins, 27, estudante de hotelaria, e de mais um grande número de "sonhadores". Já sabe o que quer, mas ainda precisa aprender a mecânica do negócio.
"Ainda estou só no sonho, mas é o que eu quero no futuro", conta a estudante, que também pretende abrir uma pousada, só que em Brotas (interior de São Paulo).
Outro fator comum é o pouco conhecimento das cidades idealizadas. Grolla esteve duas vezes em Florianópolis e se encantou. Martins nem sequer conhece Brotas, mas apenas as cidades vizinhas.



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