São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011


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Mercado reclama de falta de mão de obra qualificada

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O crescimento do mercado de produção audiovisual tem alguns efeitos colaterais para as produtoras. Um deles é a dificuldade para encontrar mão de obra qualificada.
"O cinema sempre valorizou a figura do diretor, e as escolas formaram poucos roteiristas e produtores", diz André Mermelstein, da Faap.
O segmento carece também de produtores-executivos, responsáveis por patrocínios e financiamento.
"Não temos cineastas formados para negócios", avalia Samy Dana, da FGV.
A existência desses profissionais, segundo ele, viabilizaria que alguns filmes que buscaram recursos em agencias de fomento à cultura fossem financiados totalmente pela iniciativa privada.
A mudança de mentalidade dos anunciantes em relação às novas mídias é outra queixa de produtoras.
Muitos ainda têm a sensação de que anúncios na internet são baratos ou gratuitos, reclama Giuliano Cedroni, 37, sócio da Prodigo.
"O mercado não entende que preciso de um bom diretor, um bom roteiro e bons atores, assim como no cinema", destaca o executivo.

EXPORTAÇÃO
O comércio com outros países também tem sido um ponto de tensão. Um dos motivos é a valorização do real, que torna mais caras as produções brasileiras lá fora.
Outro é a nova lei de mídia da Argentina. Em vigor desde outubro de 2010, ela obriga que pelo menos 60% da equipe seja de profissionais argentinos para que comerciais possam ser veiculados lá.


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