Ano da França no país promove parcerias entre empreendedores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nada de vinho francês. Na abertura do Ano da França no Brasil, em São Paulo, em abril, organizada pela câmara de comércio bilateral, teve tinto argentino, música brasileira e apresentação da França como país de alta tecnologia industrial e financeira.
"Queremos mostrar que a França é mais que gastronomia e cultura", diz François Dossa, presidente da câmara. "Temos uma história de parceria."
Exemplo disso é que, das 40 empresas com melhor posição na Bolsa de Valores francesa, contabiliza Dossa, apenas 2 não têm operações no Brasil.
Em 2008, o interesse de empresas da França no Brasil aumentou em 35%: 342 companhias sondaram a câmara com a possibilidade de abrir filiais aqui -contra as 243 de 2007.
Uma das recém-chegadas, a Vif do Brasil, que vende programas de computador para a indústria alimentícia de carnes, aves, peixes e laticínios, está à procura de parceiros no Brasil.
"Buscamos empresas com maturidade de implementação e instalação de softwares, para nos representarem", explica o consultor Rafael Marins.
Sueli Lartigue, que organiza missões comerciais entre os dois países, afirma que a câmara faz diagnósticos gratuitos de empresas interessadas em expandir a relação bilateral, entre outros suportes oferecidos.
Um dos primeiros passos para ter sucesso nas negociações é traçar o perfil dos franceses. "Eles são mais tímidos, suas empresas são mais "low-profile" [discretas] do que as americanas", exemplifica Lartigue.
Empreendedores brasileiros interessados em conhecer algumas indústrias francesas podem comparecer a uma das feiras em que o estande do Ano da França no Brasil estará presente (veja no quadro ao lado).
(ANDRÉ LOBATO)


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