São Paulo, domingo, 31 de julho de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Produto grátis vira arma para pesquisa Em lojas especializadas, empresários podem testar itens e obter relatório sobre a aceitação de consumidores CAMILA MENDONÇA DE SÃO PAULO Comprar sem precisar pagar. A cena é pouco comum no Brasil, mas já amplia oportunidades para que micro e pequenos empresários tracem estratégias de negócios. O "tryvertising" (experimentar antes de comprar) chegou ao Brasil há pouco mais de um ano. Nas lojas de amostras grátis, o cliente faz cadastro, paga taxa anual de R$ 50, em média, e retira cinco produtos por mês de graça. Depois, responde pesquisa sobre os itens escolhidos. "Para empresas, o modelo permite a troca de informações pelo produto", diz José Ricardo Scaroni, professor da ESPM-RJ (Escola Superior de Propaganda e Marketing). "Pequenas empresas não têm hábito de fazer pesquisa", diz Luiz Gaeta, sócio do Clube Amostra Grátis. Lá, diz, 50% das 400 empresas anunciantes são micro, pequenos e médios negócios. Além de abastecer o empresário de dados, as lojas são canal de divulgação. "Espero aumentar as vendas", diz Mauro Galvão, 47, sócio da Pettdrink, de bebedouros portáteis para animais. Há dois meses, o empresário e a sócia, Ana Carolina Galvão, 37, colocaram 300 artigos na loja. "O custo-benefício está sendo bom, porque, pelas respostas, já posso traçar estratégias", diz ele. Para expor o produto por três meses, Galvão desembolsou R$ 3.000. O valor, contudo, varia conforme o número de itens, o tempo de exposição e a elaboração da pesquisa -se for criada pela loja, será cobrada taxa adicional. "[A experimentação] pode criar hábitos de consumo", diz Stelvio Bruni Rosi, diretor da Rede Amostra Grátis. Mônica Lacerda, 33, sócia da Essenza Reale, de perfumaria, investiu R$ 10 mil neste mês para divulgar cem produtos no Rio de Janeiro. Em 2010, Lacerda expôs 70 perfumes em São Paulo. "Colocamos embalagens que sabíamos que tinham problemas." Segundo ela, a missão era ter certeza de que o frasco não era adequado. "O empresário deve ter objetivo, senão, dificilmente [o serviço de amostra grátis] vai ajudar", pontua Scaroni. Texto Anterior: Ferramenta mede 'deficit tecnológico' Próximo Texto: Investimento na ação Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |