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New York Times

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Investidores estrangeiros correm para aplicar na Indonésia

Por JOE COCHRANE

BEKASI, Indonesia - Quando Marcos A. Purty chegou aqui, em 2011, como chefe de operações da General Motors na Indonésia, encontrou uma fábrica de automóveis em hibernação.

Hoje, cerca de 700 pessoas trabalham na fábrica, a 26 km de Jacarta, comparadas com cerca de 30 há apenas 18 meses. E neste mês a GM começará a entregar seu primeiro veículo fabricado na Indonésia em muitos anos, o Chevrolet Spin.

As vendas de carros estão crescendo no país -17,8% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior-, recompensando a GM pelos US$ 150 milhões que investiu aqui.

Outras grandes multinacionais estão correndo para investir em fábricas e outras operações para faturar com o aumento da demanda de consumo na Indonésia, a maior economia e o país mais populoso do Sudeste Asiático, com uma estimativa de 251 milhões de habitantes.

Enquanto China e Índia têm economias maiores, o investimento desacelerou. A China disse em abril que o investimento direto estrangeiro (IDE) tinha aumentado 1,44% no primeiro trimestre, para US$ 29,9 bilhões.

Apesar das preocupações dos investidores sobre o ambiente regulatório imprevisível, o alto nível de corrupção, a infraestrutura inadequada e o aumento dos custos trabalhistas, o dinheiro está entrando com força na Indonésia. O governo relatou em abril que o IDE aumentou 27% no primeiro trimestre, atingindo quase US$ 7 bilhões.

A Indonésia prosperou desde que saiu ilesa da crise financeira de 2008. Conquistou sua primeira nota de crédito de grau de investimento em mais de uma década no final de 2011 e início de 2012, e seu PIB se expandiu em ritmo constante de mais de 6% nos últimos três anos.

Enquanto o capital externo há muito tempo flui para o país, rico em recursos minerais e petróleo, novos investidores se concentram no consumidor indonésio.

Com uma grande população e uma força de trabalho jovem, a Indonésia está no meio de um "boom" de gastos de consumo. Em março, o Boston Consulting Group projetou que o número de consumidores de classe média e afluentes do país duplicariam para 141 milhões até 2020.

Enquanto conglomerados asiáticos do Japão, Cingapura e Coreia do Sul continuam sendo os principais investidores, empresas americanas e europeias estão chegando rapidamente. Por exemplo, em novembro a gigante dos cosméticos L'Oréal abriu sua maior fábrica no mundo na província de Java Ocidental.

A GM vendeu 5.600 Chevrolets importados na Indonésia no ano passado, o que representa 0,5% do mercado. Mas a maior fabricante de automóveis americana vê enormes oportunidades em reconstruir e expandir o complexo industrial de 111 mil m2 em Bekasi. O investimento equivale a "um enorme voto de confiança, não apenas na Indonésia, mas na estrutura do país, em seu crescimento econômico", disse Purty.

Ainda assim, os desafios para os investidores estrangeiros que tentam fazer negócios aqui são formidáveis. Pode demorar 80 dias para se obter um registro de empresa. Em uma pesquisa global sobre a facilidade de fazer negócios compilada pelo Banco Mundial, a Indonésia ficou em 128º lugar dentre 185 economias este ano. A Transparência Internacional classificou o país em 118º dos 176 avaliados em seu último índice de corrupção.

M. Chatib Basri, do Conselho de Coordenação de Investimentos da Indonésia, disse que a Ásia em geral e seu país em particular parecem melhor situados que a maioria das regiões, no momento. Basri disse que, apesar de a Indonésia ter de lidar com os problemas da burocracia e infraestrutura, "os retornos hoje são maiores do que se você investir na Europa e nos EUA".


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