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Para ser mais eficaz no trabalho, faça pausas

Por PHYLLIS KORKKI

Aumenta o número de evidências de que fazer pausas regularmente nas tarefas mentais melhora a produtividade e a criatividade -e que pular as pausas pode causar estresse e exaustão. A concentração mental é semelhante a um músculo, diz John P. Trougakos, um professor assistente na Universidade de Toronto Scarborough e na Escola de Administração Rotman. Ele diz que fica cansado depois de um uso intenso e precisa de um descanso para se recuperar -mais ou menos como um levantador de pesos precisa descansar antes de fazer uma segunda rodada de exercícios na academia.

As pausas podem induzir à culpa porque são "um pequeno oásis de tempo pessoal que tiramos enquanto estamos nos vendendo para outra pessoa", diz o professor Trougakos. Mas isso é exatamente o que interessa.

Segundo ele, os empregados geralmente precisam se afastar de seu trabalho e de seu espaço de trabalho para recarregar seus recursos internos. As opções incluem caminhar, ler um livro em outra sala ou fazer a fundamental pausa para o almoço, que oferece recarga nutricional e cognitiva.

Experimente fazer uma pausa antes de chegar ao fundo de seu barril mental. Os sintomas de exagero incluem vagar em pensamentos e sonhar acordado.

Não há necessidade de fazer uma pausa se você estiver em um turno, aconselha o professor Trougakos. Trabalhar por um período prolongado pode ser revigorante -se for a sua opção. Mas, segundo ele, o que mais esgota a energia é forçar-se a continuar.

O excesso de pausas, porém, pode gerar preguiça. "Qualquer coisa ao extremo não é boa", diz ele.

A maioria dos trabalhadores não tira pausas suficientes -especialmente as que envolvem movimento, diz James A. Levine, professor de medicina na Clínica Mayo em Rochester, Minnesota. Ele fez estudos que mostram que os trabalhadores que são sedentários o dia todo prejudicam sua saúde. "O projeto do ser humano é uma entidade móvel", diz o doutor Levine, que também propõe que as pessoas caminhem enquanto trabalham e durante reuniões.

O doutor Levine é um defensor de pausas para cochilar, mas somente se forem permitidas pela gerência. De outro modo, os cochiladores poderão ser vistos como desleixados -apesar de a pesquisa mostrar que os cochilos aumentam a produtividade.

A direção também deveria encorajar os funcionários a elaborar pausas eficazes individualmente, diz o doutor Levine. Mas ele também tem algumas diretrizes: experimente trabalhar em picos intensos de 15 minutos, pontilhados por pausas, em ciclos repetidos durante o dia todo. Isso funciona porque "o processo de pensamento não foi criado para ser contínuo", diz ele. "Longas horas não significam bom trabalho -um trabalho altamente eficiente e produtivo é mais valioso."

As pausas também estimulam aqueles flashes de gênio que os empregadores valorizam tanto, acrescenta ele, notando que Albert Einstein teria concebido a teoria da relatividade enquanto andava de bicicleta.

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