São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011

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DESCOBERTAS

Mais ilhas encontradas
Existem mais ilhas de barreira do que pensávamos.
Esses pedaços estreitos de terra arenosa posicionados paralelamente às costas oceânicas protegem as praias das ondas do mar e protegem a ecologia.
E, usando novas fotografias feitas por satélite, cientistas encontraram quase 20 mil quilômetros de litorais ocupados por mais de 2.100 ilhas de barreira em todo o mundo -um aumento de cerca de 30% em relação a estimativas feitas em 2001. O estudo aparece on-line em "The Journal of Coastal Research".
Os estudos anteriores foram feitos sem as imagens de satélite publicamente disponíveis e não incluíram algumas ilhas importantes. Um exemplo é uma cadeia de 54 ilhas que se estende pela costa brasileira por mais de 560 quilômetros. As ilhas protegem um manguezal de 24 quilômetros de largura. Usando fotos de resolução mais alta, pesquisadores puderam distinguir as ilhas, de coloração clara, da vegetação mais escura do manguezal.
"Muitas das ilhas não têm literatura publicada que as descreva", disse o autor principal do estudo, Matthew L. Stutz. As ilhas de barreira estão sofrendo o efeito da erosão, devido à elevação dos níveis dos mares e às tempestades mais violentas. "Durante vários milhares de anos, os níveis do mar e o clima foram constantes", disse Stutz. "Esses dois fatores podem sofrer mudanças aceleradas agora." NICHOLAS BAKALAR

Criaturas da Noite
Os paleontólogos acreditavam, de modo geral, que os dinossauros só eram ativos durante o dia, preservando sua energia à noite, período no qual mamíferos caçavam e se alimentavam. Mas uma análise da estrutura dos olhos dos dinossauros revela que pelo menos alguns dinossauros funcionavam bem durante a noite.
Em um artigo publicado on-line em abril no periódico "Science", pesquisadores relatam que deduziram a estrutura dos olhos dos dinossauros a partir do tamanho e formato da órbita ocular e do anel esclerótico, um osso presente na esclera (a parte branca do olho) de dinossauros, aves e lagartos. Em animais vivos de hábitos noturnos, o diâmetro interno do anel esclerótico é grande em relação ao diâmetro externo e ao comprimento focal do olho (a distância entre a lente e a retina). Nos animais de hábitos diurnos, o padrão é invertido.
Os cientistas examinaram as estruturas oculares de 33 espécies de dinossauros que viveram entre 230 milhões e 65 milhões de anos atrás. Nove das espécies, todas de dinossauros carnívoros de pequeno porte, tinham olhos característicos de animais atuais de hábitos noturnos. Todos os dinossauros herbívoros, por outro lado, tinham hábitos diurnos.
O autor principal do estudo, Lars Schmitz, pesquisador pós-doutorando na Universidade da Califórnia em Davis, disse que o padrão persiste hoje em mamíferos.
NICHOLAS BAKALAR

Menos peso e ronco
Até três quartos das pessoas que roncam à noite sofrem de apneia do sono, que provoca interrupções na respiração ao longo da noite. A apneia noturna eleva o risco de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e hipertensão.
Cientistas dizem que existem dois tipos de roncadores: aqueles que roncam apenas quando dormem de barriga para cima e os que roncam independentemente da posição. Depois de pesquisadores do sono em Israel terem examinado mais de 2.000 pacientes com apneia do sono, constataram que 54% eram "posicionais" -roncavam só quando dormiam de barriga para cima.
Outros estudos indicam que o peso corporal exerce papel importante. Em um estudo grande cujos resultados foram publicados em 1997, os pacientes que roncavam ou apresentavam anormalidades respiratórias apenas quando dormiam com a barriga para cima eram mais magros, enquanto os roncadores "não posicionais" geralmente eram mais pesados. O segundo grupo tinha sono de qualidade pior.
Mas o mesmo estudo constatou que os pacientes com excesso de peso viram a gravidade de sua apneia se reduzir quando perderam peso. De acordo com a Fundação Nacional do Sono, para as pessoas com excesso de peso, perder peso geralmente é a melhor maneira de curar a apneia do sono e deixar definitivamente de roncar.
ANAHAD O'CONNOR



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