São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004

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PRINCÍPIOS DE TRANSPARÊNCIA

O problema não ocorre só no Brasil. Nesta semana mesmo, seis organizações mundiais divulgaram simultaneamente, em Londres e Berlim, a Carta sobre Transparência na Mídia, um conjunto de princípios que tem como um dos objetivos "pôr fim ao pagamento por cobertura de imprensa". Um dos princípios já foi consagrado em vários códigos, manuais e convenções, mas não custa reafirmá-lo: "Material publicado sob pagamento deve ser claramente identificado como publicidade, patrocínio ou promoção".
As entidades signatárias são o Instituto Internacional da Imprensa, a Federação Internacional de Jornalistas, a Transparência Internacional, a Aliança Mundial pela Administração de Comunicações e Relações Públicas, o Instituto de Pesquisa e Educação para Relações Públicas e a Associação Internacional de Relações Públicas.
No Brasil, os princípios estão sendo divulgados pela Transparência Brasil (www.transparencia.org.br), que busca o apoio de outras organizações. As informações sobre a carta e as organizações que a subscreveram podem ser encontradas no site da Transparência Internacional (www.transparency.org).
Os princípios:
1 - Material noticioso deve ser publicado como resultado de decisões jornalísticas tomadas por editores e repórteres, e não como resultado de qualquer pagamento, em dinheiro, serviços, produtos ou outras formas de favorecimento.
2 - Material publicado sob pagamento deve ser claramente identificado como publicidade, patrocínio ou promoção.
3 - Nenhum jornalista ou representante de mídia deve jamais sugerir que material jornalístico seja publicado por outro motivo que não seus méritos noticiosos.
4 - Quando amostras ou empréstimos de produtos ou serviços forem necessários para que um jornalista profira opinião objetiva, o tempo de uso deve ser definido com antecedência, e os produtos emprestados devem ser devolvidos posteriormente.
5 - A mídia deve instituir normas escritas quanto à recepção de presentes ou produtos e serviços oferecidos com descontos, e os jornalistas devem ser instruídos a assinar cópias dessas normas.

Tradução de Paulo Migliacci



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