São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007 |
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Para autor, desenhos derrubam preconceito Seguem mais comentários
de Caco Galhardo, cartunista
que admiro e respeito, embora
divirjamos nesse episódio. A idéia era retratar profissionais homossexuais. O que diferencia um profissional homossexual de um heterossexual? Não vejo diferença. A única forma que encontrei para criar essa diferença foi no exagero, na brincadeira, no humor. Retratar a matéria de um modo bem-humorado. É claro que os homossexuais não são como os personagens desenhados, que os gays não se comportam dessa maneira, mas, se você vai a uma festa e vê uma drag queen maluca soltando a franga, é sempre muito divertido. Foi esse espírito que eu trouxe para ilustrar a matéria. Ele é ótimo para derrubar preconceitos. Matá-lo seria um tremendo passo para trás. Vamos desenhar gays soltando a franga, por que não? Gays não podem soltar a franga? É um estereótipo? Talvez amanhã deixe de ser e passe a ser visto como algo comum. Desenhei os personagens soltando a franga, estão todos sorrindo e felizes, e achei que a brincadeira, mesmo com exageros, seria bem assimilada. Mas eis que leitores se sentiram ofendidos, acharam os desenhos preconceituosos e homofóbicos. Certamente muitos entenderam a brincadeira e se divertiram com ela. Texto Anterior: O jornalismo bipolar e os gays Índice Mário Magalhães é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2007. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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