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Pequenos, mas importantes
Um dos vícios da redemocratização na vida política brasileira é a tentativa de garantir
por meio de leis a igualdade
entre partidos políticos, independentemente de seu tamanho e relevância.
Por exemplo, isso inviabilizou a realização de debates
eleitorais televisivos minimamente compreensíveis e significativos, já que, por meio de
instrumentos jurídicos, os
promotores têm de aceitar a
presença de candidatos em
número excessivo, muitos
sem nenhuma legitimidade.
Oportunistas em legendas
de aluguel lucram política ou
monetariamente com o tempo
de propaganda gratuita e as
chances de exposição pública
que a legislação lhes oferece.
Os veículos de comunicação
impressos, por não serem concessões públicas, têm todo direito, até o dever, de separar
joio de trigo, embora muitas
vezes sejam pressionados a
agir de acordo com o princípio
da suposta igualdade.
Mas é preciso não confundir
tamanho com representatividade. Há partidos pequenos
que representam setores expressivos da sociedade, com
importância indiscutível.
É o caso do PSOL. O partido
tem só três deputados e um senador. Mas ficou em terceiro
lugar na eleição presidencial
de 2006, com 6,5 milhões de
votos, quase 7% do total.
Mais do que isso, tem programa de verdade, defende
princípios respeitáveis, impõe
padrões éticos de conduta a
seus filiados.
Na largada da cobertura da
campanha para as eleições
municipais deste ano, a Folha
tem às vezes relegado o PSOL
a espaço menor do que sua dimensão política merece.
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Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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