São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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Pequenos, mas importantes

Um dos vícios da redemocratização na vida política brasileira é a tentativa de garantir por meio de leis a igualdade entre partidos políticos, independentemente de seu tamanho e relevância.
Por exemplo, isso inviabilizou a realização de debates eleitorais televisivos minimamente compreensíveis e significativos, já que, por meio de instrumentos jurídicos, os promotores têm de aceitar a presença de candidatos em número excessivo, muitos sem nenhuma legitimidade.
Oportunistas em legendas de aluguel lucram política ou monetariamente com o tempo de propaganda gratuita e as chances de exposição pública que a legislação lhes oferece.
Os veículos de comunicação impressos, por não serem concessões públicas, têm todo direito, até o dever, de separar joio de trigo, embora muitas vezes sejam pressionados a agir de acordo com o princípio da suposta igualdade.
Mas é preciso não confundir tamanho com representatividade. Há partidos pequenos que representam setores expressivos da sociedade, com importância indiscutível.
É o caso do PSOL. O partido tem só três deputados e um senador. Mas ficou em terceiro lugar na eleição presidencial de 2006, com 6,5 milhões de votos, quase 7% do total.
Mais do que isso, tem programa de verdade, defende princípios respeitáveis, impõe padrões éticos de conduta a seus filiados.
Na largada da cobertura da campanha para as eleições municipais deste ano, a Folha tem às vezes relegado o PSOL a espaço menor do que sua dimensão política merece.


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