São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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Do trololó ao futebol

Em 12 de agosto, a Folha publicou no alto da página B6 que o governador José Serra afirmara que os dados do governo federal sobre investimentos do PAC no Estado de São Paulo eram "trololó".
Em minha crítica à Redação, escrevi: "O jornal tem a obrigação de tentar apurar de maneira independente e avalizada se o governador está certo em sua denúncia e publicar com destaque o resultado da apuração que fizer".
Nem isso foi feito nem os dados e informações que o governo federal passou ao jornal sobre o assunto foram publicados. O jornal errou. O leitor foi informado só da acusação do governador; não teve acesso à defesa do governo federal.

 
Na sexta passada, a Folha publicou reportagem em que revelava ter antecipado resultado de licitação do Metrô e afirmou que a companhia não quis se manifestar.
De fato, o Metrô não comentou o texto cifrado. Mas falara longamente à Folha na quinta sobre a licitação em si. A Folha Online publicou as explicações do Metrô na sexta à tarde. No sábado, a edição impressa mencionou em um parágrafo as explicações do Metrô. O jornal errou ao não dar na própria sexta e com mais espaço o que a companhia lhe havia dito na véspera.
 
Treze ciclistas encaminharam mensagens de protesto contra reportagem publicada na quarta em que repórter relata os percalços que sofreu ao testar viabilidade de projeto de alugar bicicletas em oito estações do Metrô. Os leitores contam que sua experiência de pedalar pela cidade não é tão difícil como a do repórter.
O jornal deve ao público este outro lado da questão.
Cento e quarenta e oito torcedores do Santos F.C. se queixaram de que na série DNA paulistano seu time não foi incluído entre os prediletos dos moradores de São Paulo.
O Datafolha informa que a pergunta sobre o clube futebolístico de preferência do entrevistado é aberta. Portanto, nenhum time foi excluído. A Redação publica apenas os três primeiros colocados. Na região oeste, objeto da mais recente edição, eles foram: Corinthians (27%), São Paulo (25%) e Palmeiras (17%). O Santos teve 5%.


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