São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008 |
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Bolas fora
A Folha voltou a errar em
escolha de manchete. Na
quarta, deu o título principal
para reportagem sobre criminalidade em São Paulo, que
não revelava nada de novo: há
mais assassinatos em bairros
pobres e mais roubos em bairros ricos. E deixou como chamada estudos, segundo os
quais a classe média virou
maioria no Brasil, a porcentagem de miseráveis caiu de
35% para 25% em seis anos, e
o ganho de renda dos pobres é
mais sólido que antes. Se, como na sexta, o jornal ocupar o "Painel do Leitor" com contestações de candidatos, é melhor recomendar aos verdadeiros leitores que parem de escrever à Redação. Os candidatos vão querer responder a tudo que acharem desfavorável. E os leitores perderão o espaço que é seu. Lugar de personagem da notícia é no noticiário; o "Painel do Leitor" é do leitor. Na quarta-feira, foi publicada carta em que a arquiteta Anne Marie Sumner pede "retificação e retratação" em relação a frases atribuídas a ela que eram o cerne da reportagem da contracapa do caderno sobre o DNA paulistano de domingo. O jornal não se manifestou após a carta. Ela não disse o que o jornal lhe atribuiu? Ela disse coisa que foi deturpada? A Folha deve essas respostas. Texto Anterior: O silêncio dos inocentes Próximo Texto: Para ler Índice Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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