São Paulo, domingo, 11 de maio de 2008

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Mianmar no escuro

Na terça-feira, provavelmente pela primeira vez na história do jornal, Mianmar apareceu como manchete da Folha, devido à tragédia meteorológica que vitimou dezenas de milhares de seus cidadãos.
Era uma excelente oportunidade para os leitores saberem mais sobre este país pouquíssimo conhecido entre brasileiros.
Sua cultura milenar e rica e o fato de uma ditadura militar controlar rigidamente a sociedade desde 1962 são pelo menos dois pontos de interesse jornalístico que poderiam ser explorados.
No entanto, e apesar de o didatismo ser um dos valores fundamentais do projeto editorial do jornal desde 1984, a oportunidade foi quase inteiramente desperdiçada.
A entrevista com Paulo Sérgio Pinheiro, brasileiro que é um dos maiores especialistas em Mianmar no mundo, na sexta-feira, fez com que a cobertura do jornal melhorasse um pouco nesse caso.
Mas a falta de esforço didático ficou patente em outro aspecto: embora o mesmo fenômeno natural, um ciclone, também tenha ocorrido no sul do Brasil na mesma semana (em escala menor), pouco se explicou ao leitor sobre ele. Qual a diferença entre ciclone, tufão e furacão? Ciclones como o de Mianmar podem ocorrer no Brasil? Como se dá nome a um ciclone? Quase todas essas perguntas tiveram respostas insuficientes ou nulas no jornal.

FRASE DE LEITOR

"Onde diabos fica Mianmar? ... se fosse depender da folha só saberia que fica na costa do Índico na Ásia. Mas não custava nada colocar um mapinha e contar um pouco da história do pais..."
(A. Pereira Alvim Junior)


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