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Em crítica, "mãe verdadeira" não
é a que cria e ama, mas a biológica
O filme de animação "A Família do Futuro" está em cartaz. Na história, o garoto Lewis, que viaja no tempo, espera ser adotado.
No dia 4 a Ilustrada publicou a crítica de Pedro Butcher
sobre o filme. Trecho: "Até alguns anos atrás, não haveria
possibilidade de Lewis, nosso
herói órfão, terminar o filme
sem reencontrar sua mãe verdadeira e perdoá-la".
Um leitor que não quer se
identificar, para preservar a
família, enviou mensagem ao
ombudsman condenando a
expressão "mãe verdadeira".
Para ele, a formulação expressa um juízo que inexiste
no termo "mãe biológica".
O leitor conta que, para magoar uma criança, há quem
diga: "Sua mãe [ou pai] não é
sua mãe de verdade!".
Procurei Butcher, que respondeu: "Concordo com o leitor. Foi um lapso. Supõe que a
mãe adotiva não seria verdadeira. Foi uma expressão infeliz. Peço desculpas".
Penso como o leitor e admiro o reconhecimento de erro
do crítico. Não há dúvida:
mãe é quem cria e dá amor.
Pode ser a biológica ou não.
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