São Paulo, domingo, 16 de dezembro de 2007

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Folha diz que FHC errou; o erro foi do jornal

Fernando Henrique Cardoso pretendeu cutucar o sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ao dizer que quer "brasileiros melhor educados, e não brasileiros liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria".
A Folha observou na edição de 24 de novembro: "o ex-presidente cometeu um erro de português" ao falar "melhor educados" em vez de "mais bem educados". É o que eu também pensava.
Nos dias seguintes, conheceu-se a opinião de professores. A maioria afirmou preferir "mais bem" a "melhor". "FHC teria feito melhor se tivesse optado por "mais bem educados'", escreveu Pasquale Cipro Neto.
Para um gramático, "as duas formas coexistem na língua culta formal". Ninguém bancou que o antecessor de Lula errou.
A Redação não reconheceu o engano. Ficou estranho: o jornal apontou o erro; depois, consultou especialistas, para os quais inexistiu erro de FHC; errada, pois, está a Folha, que erra de novo ao não se corrigir.


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