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A memória da ponte
O ombudsman recebeu 23
questionamentos sobre a cobertura da inauguração da
ponte Octavio Frias de Oliveira no domingo passado.
Todas para saber por que o
jornal, que três anos antes havia publicado editorial para
condenar a obra, agora a noticiava sem nenhuma crítica à
construção.
Nas mensagens, era possível
perceber motivações diversas.
Havia desde pessoas claramente sinceras no seu desejo
de esclarecer o que lhes parecia uma contradição até indisfarçáveis articulações de cunho político-partidário.
A Folha teria se poupado
desse desgaste previsível se tivesse publicado na página que
registrou a solenidade uma
simples retranca para lembrar
sua posição sobre a obra no
passado e agora.
Instada pelo ombudsman, a
Secretaria de Redação enviou
a seguinte nota: "A Folha considerou e considera que a
obra, dispendiosa, não é prioritária. Essa era a opinião pessoal do próprio sr. Octavio
Frias de Oliveira. Hoje, a ponte é uma realidade. Foi completada, aliás, num período
em que as finanças da prefeitura melhoraram. Essas considerações não têm relação
com o fato de, agora, o poder
público homenagear o sr.
Frias batizando a ponte com
seu nome. Seria descabido que
a Folha ou a família Frias rejeitassem uma homenagem a
seu líder".
Parece-me uma explicação
justificável. Deveria ter constado do noticiário de domingo. Assim como também poderia ter sido lembrado pela reportagem que a ex-prefeita
Marta Suplicy, responsável
pelo início do projeto, não foi
convidada para a inauguração.
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Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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