São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2004

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SERVIÇO

De olho na imprensa

A propósito do acompanhamento das coberturas jornalísticas da eleição municipal, um registro: será lançado, nesta quarta, na USP, o Observatório Brasileiro de Mídia. É mais uma iniciativa, bem-vinda, de monitoramento dos jornais.
Avalio que assistimos hoje, em relação à imprensa, a dois fenômenos que não devem ser confundidos. De um lado, a pressão, na minha opinião indevida, de governos por regulamentação e controle. De outro, a pressão, que considero saudável, da sociedade por mais equilíbrio, qualidade de informação e pluralidade (de assuntos, de enfoques, de análises e de opinião).
Um dos caminhos que essa pressão social vem tomando é o do monitoramento dos meios de comunicação. São iniciativas como as do Observatório da Imprensa, da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), da Transparência Brasil e do Laboratório Doxa.
O Observatório Brasileiro de Mídia é uma iniciativa do Núcleo de Jornalismo Comparado da ECA (Escola de Comunicações e Artes/USP), do Instituto Observatório Social (criado pela CUT e por outras organizações do trabalho) e pelo Media Watch Global (criado pelo Fórum Social Mundial e que tem sede na França).
O primeiro trabalho do novo observatório é o acompanhamento deste final de campanha eleitoral. Além de analisar o conteúdo das reportagens e classificá-las em negativas, positivas e neutras, a pesquisa vai avaliar o destaque dado para cada texto na edição.
O primeiro levantamento, parcial, das coberturas da Folha e do "Estado" não difere muito dos resultados do Laboratório Doxa que expus na semana passada: mais referências positivas para a candidatura Serra e mais referências negativas para a candidatura Marta. O desequilíbrio é maior no "Estado".
Em relação a iniciativas de monitoramento, este ombudsman tem interesse em receber informações sobre outras entidades que estejam de olho na imprensa.


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