São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008 |
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Nota do mundo real A Folha está cobrindo mal
a greve dos professores paulistas. Precisa ouvir mais fontes, analisar com profundidade os temas em debate, relatar com apuro a situação das
escolas. Tem sido superficial,
burocrática e acrítica. A coluna de Janio de Freitas completa 25 anos na Folha. Estão de parabéns o repórter, um dos melhores da história, o jornal e principalmente o leitor. Entre os grandes feitos da coluna, a revelação do escândalo da ferrovia Norte-Sul, em 1987. Faz bem a Folha em defender a liberdade de imprensa e de expressão diante da absurda ação da Justiça Eleitoral pela entrevista com Marta Suplicy. Deve cuidar, no entanto, para não permitir que se desqualifique quem ameaça esse direito essencial à democracia por suas características pessoais, inclusive de caráter étnico. Mesmo neste caso extremo, o debate deve se ater às idéias. Na terça-feira, dia 17, mais uma vez a edição São Paulo da Folha substituiu uma foto de autoridade do governo em que ela aparecia bem por outra, desfavorável à sua figura. Neste caso, a autoridade era o presidente Lula. Se não há razão jornalística nem gráfica para esse tipo de alteração, ela denota mera picuinha. Texto Anterior: Jornalismo da segunda vida Próximo Texto: Para ler Índice Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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