São Paulo, domingo, 25 de março de 2001

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De pesos e medidas

O foneticista Ricardo Molina foi demitido do cargo de coordenador de Fonética Forense da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) no dia 22 de fevereiro.
A notícia veio à luz no dia 27, data na qual a Folha lhe dedicou um texto de duas colunas e parte de outro texto, maior, que tratava do fato de que Molina recebera pedido para periciar a famigerada fita cassete da conversa entre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e procuradores da República.
Na edição de 1º de março, o jornal deu cinco colunas ao caso da demissão de Molina. Trazia o ponto de vista do demitido ("Para perito, demissão foi decisão política") e o "outro lado": "Reitoria da Unicamp e presidente de comissão negam as acusações".
Além desse "outro lado", a mesma edição abrigava na nobre seção "Tendências/Debates", à página A3, um artigo do presidente da Comissão de Perícias da Unicamp, o professor de filosofia Roberto Romano, em que este expunha, mais uma vez, os motivos da demissão de Molina.
"Unicamp registra queixa policial contra perito que foi demitido", afirma título de três colunas no dia seguinte (2 de março), com o sobretítulo "Molina teria levado dados e fitas de perícias".
Na último dia 21, uma nota de apenas seis linhas, espremida entre a coluna de Janio de Freitas e um anúncio, informava: "A Justiça concedeu liminar que determina a reintegração do foneticista Ricardo Molina à Unicamp". Só na edição regional da Folha que vai para Campinas a liminar teve abre de página.

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