São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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Corrupção no Judiciário

Uma das investigações mais difíceis no jornalismo é a de corrupção. Mais complicada ainda quando se trata de levantar informações sobre o Judiciário. Uma prova dessa dificuldade é o balanço das reportagens que disputaram neste ano o prêmio de melhor trabalho investigativo sobre corrupção na América Latina e Caribe, patrocinado pela Transparência Internacional e pelo Instituto Prensa y Sociedad, do Peru. De 104 trabalhos inscritos vindos de jornalistas de 14 países (18 do Brasil), apenas quatro tratavam da corrupção no Judiciário.
Um deles, do jornalista Arturo Torres, do "El Comercio", do Equador, ganhou o prêmio principal, de US$ 25 mil. A série de reportagens mostrou como vários juízes da Suprema Corte equatoriana enriqueceram ilegalmente. Um está preso e outros foram destituídos.
Dos quatro trabalhos sobre o Judiciário, dois eram do Brasil: uma série do repórter Frederico Vasconcelos, da Folha, sobre a suspeita de enriquecimento ilícito de juízes de São Paulo, e um dos finalistas, e outra do repórter Chico Otávio, de "O Globo", sobre um juiz do Estado do Rio que controlava vários bingos no interior.
Vasconcelos investiga o Judiciário de São Paulo desde 1999. Otávio ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo de 2002 com reportagens sobre juízes do Rio e do Espírito Santo que vendiam sentenças.


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