São Paulo, domingo, 29 de março de 2009 |
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Sobre a Portuguesa no futebol e sobre os olhos azuis na crise
Diz o jargão manjado que
"futebol é uma caixinha de surpresas". Não neste jornal, ultimamente. Estabeleceu-se como cláusula pétrea que só se vai
cobrir direito os times das quatro maiores torcidas de São
Paulo: Corinthians, São Paulo,
Palmeiras e Santos. A Folha adora debochar das mancadas verbais do presidente Lula. Quase sempre de maneira preconceituosa, elitista, exagerada, inócua e equivocada porque um presidente deve ser julgado pela sua administração, não pelo seu português ou seus conhecimentos gerais. Na sexta, deu destaque a um desses deslizes: a acusação de que a crise econômica é culpa de "gente branca com olhos azuis". A frase tem conotação racista e ideológica, foi proferida diante de um chefe de governo de nação majoritariamente branca e merecia repercussão. Mas ao armar uma pegadinha para Lula e mostrar que há envolvidos na crise negros, asiáticos e de olhos castanhos, o jornal aceita a premissa do argumento e se nivela com ele. Texto Anterior: Castelos de papel, tela e areia Próximo Texto: Para ler Índice Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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