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Vazamento

O oba-oba do pré-sal nos fez esquecer diversas promessas feitas anteriormente e o nosso futuro voltou a depender, sobretudo, do valiosíssimo petróleo. Com a crescente tentativa de crucificar a companhia responsável pelo vazamento na bacia de Campos, estão tentando tirar o peso de uma escolha que foi tomada. O pré-sal veio para muitos como um prêmio na loteria, mas não devemos nos esquecer de que as atividades de extração de petróleo poluem o oceano. Não podemos alimentar a ilusão de que seja possível fazer uma extração limpa do recurso do qual depende nosso incerto futuro.

Gustavo Prouvot Ortiz (Cachoeira Paulista, SP)

Ao saber que a Chevron será multada pelo vazamento na bacia de Campos, duas dúvidas me vieram imediatamente à cabeça: 1ª) Será que daqui a uns cinco ou dez dias não será publicada nenhuma notícia sobre a "anistia da multa aplicada à Chevron", assim com já aconteceu com tantas outras "multas" aplicadas a várias prestadoras de serviço no Brasil? 2ª) Se realmente for aplicada e paga essa multa, o que será feito do dinheiro?

Rubens Sayegh (São Paulo, SP)

PSDB

Sobre a reportagem "Serra diz que tucanos não têm candidato viável, e PSDB reage" ("Poder", ontem), esclarecemos que não houve qualquer contato entre o presidente do PSDB-SP, o deputado Pedro Tobias, e José Serra no fim de semana. Eles jamais tiveram o diálogo noticiado pela reportagem, conforme o deputado esclareceu à repórter antes da publicação do texto. Foi antiética a posição tomada pela reportagem, que nem sequer inseriu no texto a informação repassada por Tobias.

A nota emitida em 22/11 sobre as prévias não teve como fator motivador o suposto posicionamento de Serra, visto que o presidente do partido desconhece tal opinião. O PSDB-SP reafirma sua total convicção com relação às prévias para a escolha do candidato e acredita que só tem a ganhar se Serra participar do processo, uma vez que o considera um dos homens mais preparados para exercer qualquer função, da Presidência à prefeitura.

Vanessa Silva Pinto, assessora de imprensa do PSDB-SP (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Daniela Lima - A reportagem baseou-se em relatos sobre a conversa de Pedro Tobias com o ex-governador José Serra, transmitidos por três pessoas da confiança de Tobias.

NOTA DA REDAÇÃO - Sobre a declaração do deputado Pedro Tobias, leia a seção Erramos.

Cesariana

Em relação ao artigo de Hélio Schwartsman "Excesso de cesarianas?" ("Opinião", ontem), é preciso esclarecer que a opção pela cirurgia cesariana não é como a extração de um nódulo. Falamos de uma nova vida, e nem mesmo a mãe tem o direito de pôr em risco a vida de seu filho.

Além dos riscos inerentes a uma cirurgia, a prematuridade pode trazer ao bebê problemas cardíacos ou respiratórios. Pior do que isso, a atitude dos médicos brasileiros de forçar a paciente a fazer cesárea não é apenas eticamente questionável, como afirma o artigo. É uma atitude criminosa, que compromete a confiança que deve ser a base na relação médico-paciente.

Vera Lúcia Guedes Vieira (São Paulo, SP)

Lei da Palmada

Que a sociedade não se engane: a violência contra a criança no Brasil é regra, não exceção, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente. É preciso investir na criminalização da violência contra menores. Educar os pais também é válido, mas a crueldade não conversa com ninguém.

Ana Maria Beghetto Pacheco (Curitiba, PR)

Forças Armadas

No artigo "Papel indefinido" ("Poder", 20/11), o preclaro jornalista Janio de Freitas especifica a "necessidade de ser enfrentada a falta de uma doutrina sobre a função interna das Forças Armadas do país", declarando a seguir que "o Exército se recusou a participar das operações como força de apoio e evidenciou o desejo de retirar-se do Complexo do Alemão". Ocorre que, na legislação, nada impede que as Forças Armadas sejam empregadas na defesa interna.

O que ocorre é que falta decisão política para determinar a intervenção federal no Estado que não consiga solucionar seus problemas internos, inclusive os que se referem à segurança pública. As Forças Armadas não são, na realidade, para serem utilizadas de forma não constitucional como forças de apoio.

Não é o Exército que não está preparado; são, em alguns casos, os Estados que não conseguem se organizar para resolver seus problemas internos.

Gilberto Serra, general de brigada reformado (Campinas, SP)

Justiça

Parabéns a Fernando Rodrigues pelo texto "A capivara e os juízes" ("Opinião", ontem). Além do que ele muito bem falou, gostaria de saber como os cidadãos que foram prejudicados nas sentenças "vendidas" poderão defender-se. As iniciais dos juízes já foram escondidas, seus nomes talvez nunca sejam divulgados. Mas como fica o cidadão prejudicado? Por que, com os juízes, sempre tem que ser diferente?

Está provado que eles são tão humanos e passíveis de corrupção como políticos, empresários etc. Por isso esse assunto deveria ser bem exposto, com o nome de todos os suspeitos apresentados para, pelo menos, o cidadão prejudicado saber que pode pedir a anulação de seu processo e, assim, buscar a verdadeira justiça.

Luiz Sertório (São Paulo, SP)

Artes plásticas

Até que enfim uma crítica inteligente, autêntica e compromissada com a verdade manifestou-se, realmente, "em nome dos artistas", nas palavras de Tales Ab'Sáber no texto "Hiperpop" ("Ilustríssima", 20/11), que recebeu uma boa ilustração de Rafael Campos Rocha.

Celestino Ignacio, artista plástico (Tiradentes, MG)

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