Painel do Leitor

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Futebol

É viva e assim continuará por algum tempo a discussão sobre a adoção do calendário europeu para o futebol brasileiro. Em Tendências/Debates ontem, enquanto Fernando Trevisan, autor de "Natal com neve, Carnaval sem gol", limitou-se a falar sobre a possível saída de alguns jogadores nas famosas janelas do mercado do futebol e confundiu o calendário futebolístico com o escolar, o Natal e o Carnaval, Walter de Mattos Jr., autor de "Medida internacionalizará nossos times", foi fundo na organização de um calendário nacional. Ele mostrou ainda o anacronismo de nossas datas quando comparadas aos principais eventos esportivos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e outras.

MÁRIO MARINHO (São Paulo, SP)

Dilma

Cumprimento os colunistas Hélio Schwartsman e Fernando Rodrigues pelos textos "Dilma fenômeno" e "Pragmatismo" ("Opinião", ontem). Chega de passar a mão na cabeça da presidente, que, na verdade, é a chefe desses marotos. Quem os nomeou? Dilma e Lula, eles são os culpados.

MARCOS ANTONIO DE SOUZA GARCIA (São Paulo, SP)

Comissão de Ética

Nós, brasileiros, não acreditamos que, nos casos envolvendo o ministro Carlos Lupi, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República tenha pisado na bola 12 anos depois de sua criação. O que o brasileiro quer saber é: qual a razão de o ministro continuar no cargo mesmo depois de a conselheira Marília Muricy ter recomendado a demissão do ministro no parecer final da comissão, dizendo inclusive que não mudará o relatório?

LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

Jornalismo

Existe um quê de ingenuidade na celebração dos que defendem a necessidade de comprovação acadêmica para se ocupar o cargo de jornalista. Muitos apelam para o argumento da "responsabilidade do profissional em lidar com a notícia, com a informação". Ora, isso é lógico, básico e evidente. O que esquecem é que qualquer pessoa com vocação para o jornalismo, contratada por um veículo de comunicação, deve antes passar por uma capacitação, e a responsabilidade passa a ser do editor que o contratou, concordando ou não com o que foi divulgado. Diplomas não tornam ninguém altamente capacitado para nada.

DONI SACRAMENTO (Barueri, SP)

Educação

No artigo "O compromisso de São Paulo pela Educação" ("Opinião", 2/12), de Herman Voorwald, consta uma frase que tem sido repetida sem concretude em nosso país: "O ponto de partida não poderia ser outro senão valorizar o professor". Seria muito importante também proporcionar uma formação contemporânea ao futuro professor. Vamos acompanhar as intenções do governo do Estado de São Paulo e torcer para que não fiquem somente no papel.

ISAAC ROITMAN, coordenador do Grupo de Educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (Brasília, DF)

Violência

O leitor Vanderley Pimenta (Painel do Leitor, 2/12), ao comentar a carta indignada do leitor João Carmo Vendramin, sobre a violência, adotou a crítica fácil, baseada em dados errôneos e distorcidos, para criticar a decisão soberana da maioria dos brasileiros sobre o referendo do desarmamento de 2005.

EGBERTO RODRIGUES (São Paulo, SP)

Patentes

Em relação ao texto "A patente e suas vítimas" (Tendências/Debates, 2/12), de Rogério Cezar de Cerqueira Leite, cabe dizer que a patente serve para restituir a pesquisa realizada pelo empreendedor para que não apenas possa gerar lucro mas também para que o empreendedor continue a realizar novas pesquisas.

O que se pode questionar, sim, é o tempo de vigência da patente, o que demanda a mudança na Lei de Propriedade Industrial. Tecnologias avançadas, com ciclos de vida curtos, também usufruem dos direitos de propriedade industrial, uma vez que estes são retroativos à data de depósito. Ou deveríamos fechar o país ao comércio internacional, imaginar empresas beneméritas, um governo que estimule pesquisa e desenvolvimento -mas sem retorno ao empreendedor- e um mundo sem a OMC?

RICARDO IORIO GARCIA (Rio de Janeiro, RJ)