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Eliane Cantanhêde

A supremacia do coletivo

BRASÍLIA - O direito de manifestação de vândalos ou a segurança do Estado e da propriedade? O das corporações ou o do futuro do país e da maioria da população? O voluntarismo de um punhado de puristas ou pesquisas científicas que beneficiam a todos? O que prevalece, o interesse coletivo ou o privado?

Os manifestantes de junho que foram às ruas para exigir direitos voltaram para casa, deixando como rastro os "black blocs" e uma polarização entre essa minoria mascarada que bate e depreda e a maioria que dá de ombros para tudo.

Os doentes pobres comem o pão que o Diabo amassou e a classe média paga SUS, plano de saúde e, não raro, profissionais particulares atrasados e desatentos que nivelam os serviços particulares aos públicos, numa competição macabra: qual é pior? Mas o corporativismo médico prefere gastar energia contra o reforço estrangeiro.

O uso de animais em laboratórios merece atenção e reflexão, mas as pesquisas são para a coletividade, e os invasores do Instituto Royal atropelam a discussão e as leis, como anjos do bem contra o mal. Justiça com as próprias mãos?

E os capitais privados e internacionais já têm maioria a favor, mas persiste o confronto entre os que assumem isso e os que disfarçam e tergiversam, abrindo espaço para a minoria sindicalista e saudosista que grita e ensurdece a razão sobre o pré-sal.

Nessa onda de polarizações, o foco nas biografias não autorizadas vem bem a calhar, porque opõe dois direitos fundamentais: o direito coletivo à liberdade de expressão e o individual à privacidade.

O que deve prevalecer, o interesse comum e da história ou o privilégio daqueles que tomam decisões públicas e/ou inspiram milhões de brasileiros, sobretudo jovens?

Para a boa e velha esquerda, o coletivo sempre se sobrepunha ao individual e ao setorial. Mas não se fazem mais esquerdas como antigamente. Hoje? Sabe-se lá...


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