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Opinião

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Carlos Heitor Cony

Um novo Cid

RIO DE JANEIRO - Tudo vai dar certo? Estamos na metade do terceiro mês de um ano que promete muita briga. As previsões variam e, aqui do meu canto, não vejo muitas razões para o otimismo. Sou pessimista por formação e gosto disso, desde que eu me entenda --se é que algum dia consegui, por distração ou falta do que fazer, entender alguma coisa, principalmente a mim mesmo.

Não estou falando da Copa, dos estádios, da mobilidade urbana, do fim das violências e dos embargos infringentes. Falo sobretudo da situação delicada de dona Dilma.

Se por um lado ela continua em primeiro lugar na complicada Bolsa da preferência eleitoral, por outro lado não conseguiu formar um ministério nem manter uma base aliada no Congresso Nacional.

Além dos desafios próprios de um governo em fim de mandato, ela está obrigada a fazer palanques pelo Brasil afora, garantir tempo de televisão para seus preferidos, cuidar da inflação e da Petrobras, que está sendo investigada. Neste contexto de desafios, dificilmente terá condições de armar um governo em fase terminal, escolhendo ministros e auxiliares de sua confiança.

Em linhas gerais, as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal foram uma ducha fria nas esperanças de um combate à corrupção no organismo da nação. Não se pode, ainda, avaliar os estragos que o mensalão provocou no meio do eleitorado. Para formar ou sustentar uma base aliada sedenta de exigências políticas e funcionais, ela terá de se submeter ao processo eleitoral em vigor que, no fundo, é pautado pelos escândalos que a ação penal 470 revelou e que continuará funcionando.

Nem mesmo duzentos Joaquins Barbosas poderão evitar ou punir o tsunami que está se formando. Nem adiantará dona Dilma apelar para Lula --que mesmo depois de ser presidente continuou lutando pelas suas causas.


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