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Carlos Heitor Cony

Tudo é possível

RIO DE JANEIRO - No início da semana, lembrei a morte súbita (por infarto) de Paulo Francis, que estava sendo processado nos EUA por altos funcionários da Petrobras.

Sem ser um jornalista investigativo, ele acusou num programa de televisão a cúpula da estatal de grossas negociatas, subfaturamento e superfaturamento, entre outras coisas. Somente agora, com o escândalo de Pasadena, as operações nos EUA serão objeto de uma CPI no Congresso. Temendo ter de pagar uma indenização absurda aos diretores da Petrobras da época, Paulo teve o infarto que o matou, desfalcando o Brasil de um de seus maiores jornalistas.

Não é de hoje que a nossa principal empresa é suspeita de graves irregularidades no setor de energia, que durante anos foi dirigida pela ministra de Minas e Energia --e depois da Casa Civil--, dona Dilma Rousseff, hoje presidente da República e candidata à reeleição. Não surgiu até agora --nem parece que surgirá uma contestação por parte do governo. São muitos os que consideram o escândalo merecedor de um impeachment. Pessoalmente, não acredito nessa hipótese, mas citando Machado de Assis, tudo é possível.

O caso do mensalão ainda não foi completamente resolvido, apesar de o STF ter condenado grande parte dos envolvidos. A nação espera que a justiça seja feita --como dizia o ex-presidente Fernando Collor de Mello, "doa a quem doer" (doeu nele).

No momento em que escrevo esta crônica, a popularidade da presidente está caindo e, a inflação, subindo. Com exceção de algumas medidas assistenciais, vindas do governo anterior (Lula), não há nenhum grande canteiro de obras estruturais. Os movimentos das ruas e a taxa de crimes em várias cidades ainda não motivaram o governo a escutar o clamor popular.

Sou e continuo a ser um pessimista em relação a todos os governos. O otimista é apenas um mal informado.


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