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Opinião

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Painel do Leitor

A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Golpe e ditadura
Felizmente uma palavra serena, imparcial e plena de bom senso no texto "Não foi bem assim como dizem hoje" (Tendências/Debates, 28/3), de Carlos Chagas. Tomara que a Folha prossiga dando voz a corações e mentes desse tamanho. Houve erros, sim, no período dos militares. Mas como ignorar o papel de homens sérios, competentes e honestos, identificados com a vontade de servir? E o avanço nas telecomunicações, para citar um só exemplo, não vale nada?
Luiz A. Souza Lima de Macedo (São Paulo, SP)

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Carlos Chagas continua a agir como se ainda fosse porta-voz de Costa e Silva. Falar que a população "acomodou-se" na ditadura é ignorar a violência como instrumento básico do regime. Dizer que "as classes trabalhadoras permaneciam à margem, carecendo de vontade e meios" é desconhecer a agressão ditatorial contra sindicatos e camponeses. Numa ditadura, a sociedade é silenciada pelo arbítrio. Atribuir apenas aos militares a preservação da unidade nacional é piada de mau gosto. Onde ficam a população e sua cultura, que garantem tal unidade?
Marcos Silva, professor do Departamento de História da FFLCH - USP (São Paulo, SP)

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O texto de Clóvis Rossi ("O orgulho do assassino", "Mundo", 27/3), sobre o depoimento do coronel Paulo Malhães, é uma página luminosa sobre essa fase maligna da história brasileira.
Paulo Nascimento (Santos, SP)

Copa e Racionamento
Já perdemos o primeiro jogo da Copa do Mundo: o jogo da organização --mesmo que, no fim, tudo acabe bem. Mais grave ainda é o copo que está ficando cada vez mais vazio, pois estamos em contagem regressiva para ficarmos sem água na maior cidade do país. Paciência cheia, copo vazio. Vamos ver se o jeitinho brasileiro e a improvisação vão resolver essa nova parada.
Jaime Pereira da Silva, jornalista (São Paulo, SP)

Racismo
Um dos secretários da Conmebol disse recentemente que Tinga, do Cruzeiro, não sofreu racismo, já que o torcedor peruano, moreno, que imitou um macaco para o jogador brasileiro fez apenas uma provocação mal-educada. Vemos assim como o racismo é capaz de se entranhar até num argumento pretensamente crítico. Antes de racial, o racismo é um fenômeno social e político. A maioria dos racistas é extremamente consciente de suas ideias. Ao contrário de pessoas deseducadas, são pessoas educadas no ódio, no desprezo e na certeza inabalável de que são superiores.
Leonardo Soares dos Santos, professor de história da UFF (Rio de Janeiro, RJ)

Cotas
É inaceitável ter cotas raciais no serviço público ("Câmara aprova cota de 20% para negros em concurso federal", "Cotidiano", 26/3). Isso fere a igualdade garantida pela Constituição. O objetivo do concurso público é dar as mesmas condições a todos os brasileiros de concorrerem a cargos públicos; é um processo democrático que tem por base o mérito --ou, ao menos, deveria ter.
Kelly Fernandes (São Paulo, SP)

Direitos da mulher
Custei a acreditar na pesquisa do Ipea ("Para 65%, mulher com roupa curta merece ataque", "Cotidiano", 28/3). Parece-me que houve algum equívoco no estudo. Quem seria louco em justificar ataques contra as mulheres? Vá lá, que hajam alguns energúmenos, mas 65,1% me parece absurdo. Pior ainda, mais de 63% dos entrevistados eram mulheres. Levei um soco no estômago. Fico me indagando: Quem errou? A sociedade? Os políticos? A escola? A família? Pior ainda: como conscientizar e educar uma maioria tão expressiva? Fico imaginando os tipos de respostas às pesquisas que ainda não foram feitas. Teremos muito trabalho para civilizar nosso país.
Gabriel Gonçalves de Oliveira, engenheiro agrônomo (São Paulo, SP)

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É impressionante o resultado da pesquisa do Ipea. É evidente, claro e cristalino que esse resultado merece reprovação, pois ninguém com juízo pode sustentar essa posição. Por outro lado, é forçoso reconhecer que existe também um comportamento provocativo por parte de muitas mulheres jovens e adolescentes.
Edgard Gobbi (Campinas, SP)

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Excelente o artigo "Mulheres, onde estamos?" (Tendências/Debates, 28/3), da ministra do Tribunal Superior Eleitoral Luciana Lóssio. Acredito que há desinteresse das mulheres em participar das eleições, mas o motivo não seria alienação nem comodismo, e sim a enorme gama de obstáculos a serem enfrentados. Podemos afirmar que o TSE, ao incentivar a participação feminina na política, como vem fazendo, está prestando um grande serviço ao nosso país. Parabéns à ministra e a todos os membros da entidade por sua preocupação com a igualdade social e que se empenham nessa importante campanha.
Luiza Nagib Eluf, advogada (São Paulo, SP)

Radares
Em dezembro, tive meu carro roubado e fiquei inconsciente por mais de 3 horas. Acordei de madrugada em um local ermo e tentei usar um orelhão, mas o mesmo não funcionava. Tive que caminhar até uma delegacia. Dias depois, recebi um aviso de multa por excesso de velocidade: meu carro foi fotografado por um radar com os bandidos dentro, em fuga. É risível a afirmação de que os radares estão aí para aumentar a segurança ("São Paulo terá 40% mais radares para fiscalização a partir de abril", "Cotidiano", 28/3). Eles só visam a arrecadação em cima dos motoristas. Detalhe: ainda tive que pagar pela segunda via da CNH e do IPVA.
Osmar Cesar Gama (Peruíbe, SP)


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