Painel do Leitor

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Judiciário
Se o marasmo do Judiciário já é insuportável para a sociedade, imagine a desilusão causada pela autoblindagem montada pelo corporativismo desse Poder. Em 30 anos de magistratura, nunca vi tamanho golpe desferido contra a democracia, e logo por quem. A grande maioria dos juízes é honesta, mas há "bandidos de toga", sim, e são vários. A Corregedoria do CNJ tem de ser livre e independente para soterrar esse lixo e apoiar os que fazem da magistratura um sacerdócio.
Odilon de Oliveira (Campo Grande, MS)

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Cumprimentos à ombudsman da Folha, Suzana Singer, que de forma independente e altiva alertou para a "sanha acusatória" com que este jornal tem abordado as divergências sobre os limites de atuação do CNJ. Sem o necessário aprofundamento do que é difundido, privilegiando os espaços concedidos à corregedoria, tem-se alimentado a desinformação e a concentração de poderes, servindo a posturas autoritárias.
Durval José de Moraes Leme (Araras, SP)

Homofobia
Em entrevista à Folha, o deputado Jean Wyllys (26/12, pág. A12) comenta a minha participação no texto do PL 122 e me atribui responsabilidade sobre a parte refutada pelo movimento LGBT.
Como convidado, participei de três reuniões e apresentei sugestões: homicídio em decorrência da condição homossexual, a pena passará dos atuais 6 a 20 anos para 12 a 30 anos; sempre que um crime acontecer porque a vítima é homossexual, a pena será aumentada substancialmente.
Agora, é impossível calar igrejas para satisfazer homossexuais militantes. O STF já decidiu que é livre a manifestação do pensamento. O pregador tem o direito de externar sua interpretação da Bíblia. Se fizer apologia a crimes contra homossexuais, aí, sim, sua conduta estará tipificada.
Combato a homofobia e ele me faz vítima da heterofobia. Diz que não sou "homossexual, muito pelo contrário", o que é verdade, mas se equivoca ao afirmar que não tenho "muita simpatia pela comunidade homossexual". Não sou mulher e lutei pela Lei Maria da Penha. Não sou assistente social e fui relator da prorrogação do Fundo de Erradicação e Combate à Pobreza. Não sou militante pró ou contra homossexuais. Minha agenda se chama Brasil.
Ao contrário do que diz, o relatório é da respeitável senadora Marta Suplicy. Não foi feito por mim, nem por evangélicos, nem por militantes homossexuais.
Demóstenes Torres, senador (Brasília, DF)

TV por assinatura
As TVs por assinatura não deveriam exibir filmes, séries e documentários dublados! É um absurdo, um desrespeito aos deficientes auditivos. O som, a tradução, tudo é péssimo. Que pelo menos coloquem legendas.
Sonia Ferreira Pinto (São Paulo, SP)

João Gilberto
Tenho certeza que muito mais gente também não concorda com a rasgação de seda do Ruy Castro para com João Gilberto (26/12). Ele jamais foi o monstro sagrado que pintam por aí. Não acho que a cultura tenha perdido grande coisa sem os discos dele.
Conrado de Paulo (Bragança Paulista, SP)

Ranking
A Folha usa dois critérios para pontuar competições que são as mesmas (Campeonato Brasileiro, Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa), alegando que as duas últimas eram disputas de "tiro curto". Isso não se coaduna com a pontuação do ranking para campeões e vices dos primeiros campeonatos paulistas, quando havia quatro, cinco participantes.
Inexplicável também é a pontuação menor para o Mundial de Clubes dos anos 1960/1970, quando havia melhor de três partidas entre o campeão sul-americano e o europeu, em jogos alternados nos respectivos países, ao contrário dos Mundiais da década de 1980/1990, de um jogo só e em campo neutro, e do Mundial de 2000, realizado uma única vez, e com convite. A Fifa não trata com discriminação os campeões e vices das Copas de 1930, 1934 e 1938, que eram disputas de "tiro curto", sendo que na primeira nem houve eliminatórias.
Ronaldo Moreira do Nascimento (São Paulo, SP)

Pondé
Vira e mexe o filósofo Luiz Felipe Pondé toca no assunto "Deus existe ou não?" No artigo de ontem, ele escreveu: "Se Deus é bom, por que o mundo é mau?"
Pondé diz que o ônus da prova (se Deus existe ou não) é de quem acredita em Deus. No meu entender, o ônus vale para os dois lados. E quanto à pergunta (por que o mundo é mau?), a culpa é da humanidade, que insiste em não colocar em prática o que Jesus pregou. Ele pregou com tanta veemência, que acabou pregado na cruz. Por quem? Pelos homens que continuam em dúvida se acreditam ou não em Deus.
Jaime Pereira da Silva (São Paulo, SP)

PIB
"Brasil supera o Reino Unido e torna-se o sexto PIB do mundo." O fato de o responsável por tal façanha ter sido o operário Lula e uma mulher, a presidente Dilma Rousseff -e não o doutor Fernando Henrique Cardoso-, vai provocar um grande mal estar na elite brasileira, que desgovernou o país por mais de cinco séculos.
Carlos Roberto Penna Dias dos Santos (Rio de Janeiro, RJ)

Álcool
A sugestão de Pierpaolo Cruz Bottini ("Por novas regras sobre direção e álcool", 26/12), de punir quem estiver dirigindo com aparência de embriagado é boa, mas só à primeira vista. Acarreta o perigo de policiais achacadores inventarem uma embriaguez para obter propina e do embriagado alegar que não lhe foi oferecido um bafômetro para provar a sua inocência. Por que tudo pode ser esculhambado no Brasil?
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de Sofia Carvalhosa (São Paulo, SP), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (São Paulo, SP), Escola Bauhaus (Ribeirão Preto, SP), Carlos Nascimento (Araraquara, SP), Elias Chediek (Araraquara, SP), Tebe (Bebedouro, SP), Djalma Saraiva Filho (Imperatriz, MA), Caetano Vasconcelos (Pedro Leopoldo, MG), Centro de Reprodução Humana Prof. Franco Junior (Ribeirão Preto, SP) e CVS+ Publicidade (São Paulo, SP).