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Josué Gomes da Silva

Promessas de Ano-Novo

Em 8 de dezembro de 1967, o papa Paulo 6º instituiu 1º de janeiro como o Dia Mundial da Paz. Na mensagem alusiva ao fato, Sua Santidade disse: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortarmos a celebrar a paz, em todo o mundo, no primeiro dia de 1968. Desejaríamos que depois, a cada ano, a celebração viesse a se repetir, como bom augúrio e promessa".

Promessa! Essa é a palavra-chave do Ano-Novo. À medida que dezembro vai passando, os planos para as mudanças vão se reciclando. As pessoas comprometem-se, consigo próprias e com os familiares, os colegas de trabalho e os amigos, a uma nova atitude diante das pequenas e das grandes coisas da vida.

Emagrecer, retomar hábitos saudáveis, ter mais lazer, praticar exercícios físicos, ler mais livros, parar de fumar, tratar melhor o próximo, dedicar mais tempo à família, estudar mais, estressar-se menos, ser mais tolerante, menos preconceituoso e, a cada novo dia, mais feliz.

Todos esses sentimentos positivos são bem mais intensos sob a emoção dos fogos de artifício, do champanhe, das músicas, dos abraços que saúdam a chegada do novo ano.

Porém tais intenções já começam a ser frustradas logo após a virada, nos exageros das comemorações observadas na irresponsabilidade dos motoristas embriagados, nos excessos gastronômicos das ceias, no cigarro teimoso da primeira madrugada e por aí vai. São comportamentos geradores de notícias amargas no nascer de um novo tempo de vida.

Para muitos, é difícil cumprir a palavra empenhada de uma atitude diferente perante a vida. Difícil, mas não impossível! É preciso refletir sobre a importância de evoluir sempre, aprendendo com os próprios erros e os dos outros, aprimorando as virtudes e diminuindo os defeitos peculiares à condição humana. Não basta prometer ou até mesmo tentar. É preciso fazer!

Propostas vazias, sem resolução, não solucionam problemas. São inúteis. O melhor exemplo disso está em alguns discursos de palanque às vésperas de eleições. Nas promessas que não se tornam realidade depois da conquista do poder pelo voto crédulo do cidadão de bem.

Precisamos aprender a cumprir promessas. Tal atitude é importante, até mesmo para que a sociedade, mais organizada, possa cobrar com civismo antigos compromissos do poder público, como as reformas política, fiscal, tributária, trabalhista e previdenciária, essenciais para que nossa economia siga próspera.

Compromisso interior, com o próximo, a família, o país e o planeta, é essencial para que celebremos com mais responsabilidade e atitude o Dia Mundial da Paz.

Feliz ano novo!

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