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Disputa eleitoral
Não há e nunca houve uma nova ou uma velha política. Desde as origens, o poder sempre foi eticamente promíscuo, movido por intrigas --até mesmo sangrento. O episódio do avião demonstrou que o "slogan" de Marina Silva é uma miragem eleitoral. Melhor seria que candidatos honestos propusessem limites normativos reais e eficazes de acesso ao poder e ao exercício da política. Pelo menos os governados sairiam da ficção e viveriam a realidade.
AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)
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A cativante Marina Silva vai se revelando autêntica representante dos velhos políticos: acomoda-se em qualquer espaço e rapidamente flexibiliza seus princípios às conveniências de momento.
GILBERTO GERALDI (São Paulo, SP)
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Fico extremamente triste com "Sou Marina (até a posse)", de Diogo Mainardi (Tendências/Debates, 27/8). Ele é praticamente o oposto do grande homem que foi Antônio Ermírio de Moraes. Enquanto um se "refugiou" na Itália e de lá despeja rancor e ódio ao seu país, o outro estudou e dedicou uma vida para o Brasil dar certo. Triste termos tantos Mainardis e poucos Antônios.
RAMON MEDEIROS (Campinas, SP)
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Aécio Neves disse em debate que reformularia a legislação penal. Alterar leis é o caminho mais fácil, porém inócuo. Sem políticas públicas de inclusão e gestão racional dos aparatos de segurança, é como uma pílula para matar a sede desacompanhada de um copo d'água. Não funciona.
IVAN BRUCE MALLIO (São Vicente, SP)
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Gostaria de saber qual foi o legado que Lula deixou para o país, já que se fala tanto nas tais bolsas e programas sociais que deram continuidade do governo anterior. Opino que o legado do PT são as corrupções desenfreadas e a péssima administração dos recursos públicos, além das mentiras e traições ao povo.
JULIA ROSA DA CRUZ (São Paulo, SP)
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Como Arminio Fraga propõe que o debate político se faça "com fatos e dados" ("Mitos do PT", Tendências/Debates, 28/8), lembro seu passado de escudeiro do megaespeculador George Soros, famoso como "o homem que quebrou o Banco da Inglaterra". Assessor de Aécio Neves, indicado por este para o Ministério da Fazenda, caso eleito, Fraga busca tornar-se novamente a raposa tomando conta do galinheiro.
IZILDO CORRÊA LEITE (Vitória, ES)
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Parabenizo o economista Arminio Fraga, cujas palavras desnudaram a tese falaciosa da candidata Dilma Rousseff. Por mais que haja, no governo atual, malabarismos financeiros, a verdade sempre surgirá, pois os números não mentem. É preciso manter olhos e ouvidos atentos.
YUSSIF ALI MERE JR., presidente do Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Banco do Brasil
País muito estranho o nosso: a presidente Dilma guarda R$ 152 mil embaixo do colchão e o presidente do Banco do Brasil faz praticamente o mesmo com R$ 400 mil ("Chefe do BB pagou multa para se livrar de investigação", "Poder", 28/8). Pergunto: desconfiam do banco que dirigem, do sistema financeiro brasileiro ou existe um mistério maior?
JOSIAS FERNANDES DE ÁVILA (Campinas, SP)
Segurança pública
A respeito da reportagem "Gestão Haddad quer criar grupo que receberá denúncia contra policiais" ("Cotidiano", 28/8), a Prefeitura de São Paulo esclarece que a criação da Ouvidoria Municipal de Direitos Humanos é uma meta prevista no plano de governo e tem como objetivo abrir um canal de recebimento de denúncias de qualquer tipo de violação de direitos humanos, sem o foco específico destacado pelo jornal em sua manchete.
ROGÉRIO SOTILLI, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo (São Paulo, SP)
Inovação
O artigo do professor Luiz Mello ("Inovo, logo existo", Tendências/Debates, 26/8) nos provocou a externar uma perplexidade: apesar do momento econômico adverso, a receita com serviços do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) não para de crescer, com taxas "chinesas", há 18 meses, chegando ao recorde de R$ 58 milhões no primeiro semestre de 2014. O modelo Embrapii de apoio à inovação atraiu investimentos de dezenas de empresas nos últimos dois anos, e não só no IPT, mas também no INT e no Cimatec-Bahia. Inovar exige mais que investimento. Exige mudanças de postura e de cultura. Temos muito que aprender.
FERNANDO J. G. LANDGRAF, diretor-presidente do IPT (São Paulo, SP)
Getúlio Vargas
Só um mestre do jornalismo como Janio de Freitas seria capaz de escrever o belo artigo "Um dia, um país" ("Poder", 24/8), sobre o dia do suicídio do presidente Getúlio Vargas. Janio mescla a ótica sensível do jovem repórter convocado para a cobertura da tragédia com a lúcida análise política daqueles dramáticos acontecimentos, 60 anos depois. Leitura preciosa para todas as gerações.
DÊNIS DE MORAES (Niterói, RJ)
Abastecimento de água
No Rio, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) castiga quem economiza água. Quem ultrapassa o limite de 20m3/dia tem forte aumento de preço do m3. Mas, até esse limite, quem quer economizar não recebe qualquer estímulo. Pelo contrário, são estimulados a deixar de serem bobos e gastar mais. Iniciativas para racionalizar o consumo --captar água pluvial, fazer manutenção de registros e torneiras, regular pressão e descargas nos vasos sanitários-- são completamente desestimuladas pela Cedae. Será essa uma forma de financiar a perda de quase 40% de toda a água tratada por desleixo e incompetência na manutenção da rede?
FIDELIS MARTELETO (Rio Janeiro, RJ)
