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Eleições 2014
Parabéns a Francisco Daudt pelo artigo "Herança Maldita" ("Cotidiano", 15/10). De forma concisa, irônica e sem rodeios, desmonta a falácia distorcida da presidente, que ameaça os eleitores com "a volta dos fantasmas do passado". "Fantasmas" são os que hoje surrupiam a Petrobras.
TOYOMI ARAKI (São Paulo, SP)
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Francisco Daudt destila ódio e preconceito contra Dilma e o PT. Se fosse produzido para as mentiras pré-eleitorais do senhor Alckmin, o texto seria perfeito.
NICOLA GRANATO (Santos, SP)
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O senhor Roberto Amaral ultrapassou todos os limites da hipocrisia e da mentira ("O PSB renunciou ao seu futuro", Tendências/Debates, 14/10). Ele, com certeza, sabe quanto o PT renunciou a seu futuro, a seu passado e a seus princípios morais ao fazer alianças escandalosas com o PP, o PL e os outros partidos da extrema-direita em sua procura de poder.
NAGIB NASSAR, professor emérito da Universidade de Brasília (Brasília, DF)
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Parabenizo Roberto Amaral por seu posicionamento. A omissão é muitas vezes a pior falha do ser humano. Por comodismo ou por interesses pessoais, o ser humano deixa de se posicionar diante de determinadas decisões mesmo sabendo que isso irá causar sérios danos à maioria do povo e colocar em risco a soberania da nação. Não sou petista nem partidária de nenhuma corrente política. Sou socialista --preocupo-me com o bem-estar coletivo. Por isso, não resta outra alternativa senão votar em Dilma.
JOVITA DELFINO ALEIXO (Brasília, DF)
BNDES
Não faz sentido a menção de Rubens Ricupero ao BNDES no texto "Destruição sem retorno" ("Mundo", 13/10). Sem argumentos, afirma que o banco seria uma das instituições "dilapidadas" pelo governo. A dificuldade em apontar falhas é compreensível: o BNDES registra lucros sucessivos, com recorde de R$ 5,5 bilhões no primeiro semestre. A inadimplência, de 0,07%, é a mais baixa do Sistema Financeiro. O índice de Basileia está em 18,4%, ante 11% exigidos pelo BC, superior ao dos maiores bancos do país. Em contraste, Rubens Ricupero não mostra um só dado que sustente a tese de que o banco faria parte de um cenário de "terra arrasada".
FÁBIO KERCHE, assessor da presidência do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DE RUBENS RICUPERO - Os problemas com o BNDES foram bem examinados em livros dos professores Sérgio Lazzarini e Aldo Musacchio. Também Mansueto de Almeida e José Roberto Affonso comprovaram que as transferências de recursos do Tesouro aos bancos públicos passaram, em dez anos, de 1% a perto de 10% do PIB, o que pesará por anos sobre o povo brasileiro.
Crise da água
Até que enfim o grave problema da falta de água foi manchete da Folha ("Falta de água atinge todas as regiões de SP", "Primeira Página", 15/10). Não tinha mais como esconder. A grande mídia fez questão de ignorar por interesses políticos e eleitoreiros. É claro que as raízes do problema vem muito antes do governo Alckmin, mas ele foi alertado há três anos e não tomou providências para mitigar a tragédia de hoje.
HÉLIO DE SOUSA REIS (Guarulhos, SP)
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Sobre o artigo "A responsabilidade pela crise da água" (Tendências/Debates, 15/10), do vereador Nabil Bonduki, faltou dizer da importância de fomentar o reflorestamento. As secretarias municipal e estadual de Meio Ambiente precisam incentivar o plantio de árvores urgentemente. A devastação em São Paulo foi brutal, e isso acabou com os rios.
LUIZA NAGIB ELUF, advogada (São Paulo, SP)
Roger Abdelmassih
Qual o objetivo da Folha em dar tanto holofote à senhora Larissa Sacco Abdelmassih ("Roger pode não ser santo, mas dizer que é criminoso é muito diferente", "Cotidiano", 15/10)? Acredito que seja necessário ouvir todos os lados, para que os leitores formem suas opiniões. Que entrevistem então as 37 vítimas do pai amoroso e esposo dedicado, condenado a mais de 200 anos de prisão.
KARLA THAIS NOBRE ABRAHÃO (São Paulo, SP)
Inflação
Diante da inflação e do preço em alta da carne, o secretário de Política Econômica, Marcio Holland, sugeriu que a população comesse frango em vez de carne bovina ("Inflação surpreende, e governo sugere frango no lugar de carne", "Mercado", 9/10). Triste sugestão, que lembra a frase atribuída à rainha Maria Antonieta, ao ser informada de que os pobres não tinham pão para comer: "Se não têm pão, comam brioche!".
IZIDORO BLIKSTEIN, professor de comunicação e semiótica (São Paulo, SP)
Xico Sá
Não entendi essa história de qualificar como proselitismo político a declaração de voto de Xico Sá. É só no caderno "Esporte" que não é permitido? Em "Mercado", há uma verdadeira militância; em "Cotidiano", a coluna de Francisco Daudt é muito mais opinativa, em termos políticos, do que a declaração de Xico Sá; na "Ilustrada", a coluna de Ferreira Gullar é puro proselitismo e destila ódio político.
MOUZAR BENEDITO (São Paulo, SP)
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Com o argumento de que os colunistas devem evitar fazer "proselitismo eleitoral" --ou fazê-lo na página A3 do jornal--, Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, confirmou que Xico Sá está fora da equipe de colunistas. Com isso, o jornal fere os princípios que o consagraram como um veículo plural, democrático e de ampla liberdade de expressão.
ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)