Painel do Leitor
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Eleições 2014
Sou favorável ao voto obrigatório. Não concebo não saber escolher --que seja o menos ruim. Nada de anular o voto ou votar em branco. É um ato impatriótico e de muita covardia. Quem quiser fazer isso não precisa ir votar.
PAULO HENRIQUE COIMBRA DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
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O debate gratuito de política e o proselitismo eleitoral em redes sociais têm sido recorrentes. Em um grupo de que faço parte, destinado ao futebol de fim de semana, um dos integrantes perguntou "se tinha algum idiota no grupo que votaria em determinado partido". Demonstração do mais execrável totalitarismo. A democracia inclui o respeito pela preferência política do outro.
ANDRÉ GONÇALVES SOUZA (Bragança Paulista, SP)
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Sem tergiversações, Raquel Rolnik pontua com clareza algumas diferenças das candidaturas ("Voto em Dilma no segundo turno", Tendências/Debates, 21/10). Felizmente, há ainda os que votam não guiados exclusivamente por interesses próprios --de sua classe social, profissão, religião--, mas pensando no bem maior da sociedade e, especialmente, daqueles que mais necessitam da atuação estatal.
ROBERTO LUIZ CORCIOLI FILHO (São Paulo, SP)
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A professora Rolnik se esquece de que a distribuição de renda que o PT faz só foi possível graças à estabilidade econômica e à responsabilidade fiscal iniciadas no governo de Itamar Franco, aperfeiçoadas no de FHC e continuadas, pelo menos no primeiro mandato, no de Lula. Programas como o Bolsa Família ajudam a diminuir a desigualdade, mas deveriam ter prazo definido.
MÁRIO CORRÊA DA FONSECA FILHO (São Paulo, SP)
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Gostei da opinião da Raquel Rolnik: uma visão com clareza do momento atual. Continuo examinando em quem vou votar, e o artigo colocou mais luz na decisão.
CARLOS L. M. ANTUNES (Fortaleza, CE)
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Sobre "Todos soltos, todos soltos, até hoje" ("Poder", 19/10), de Elio Gaspari, 1) "mensalão" pressupõe pagamento a parlamentares para conseguir apoio em votações. Isso não aconteceu em Minas; 2) recursos foram destinados a apoiadores para que cobrissem despesas de campanha; 3) o relatório da PGR [Procuradoria-Geral da República] não chegou a ser analisado pelo STF [Supremo Tribunal Federal]. E a tese de que meu julgamento deveria ocorrer naquele tribunal foi derrotada por 8 votos a 1; 4) respondo ao processo na Justiça mineira. Sou inocente e fui levado como contraponto aos crimes praticados pelo partido do governo.
EDUARDO AZEREDO, ex-deputado federal (Brasília, DF)
Empréstimo bancário
Está errada a afirmação feita pela Folha de que o empréstimo concedido à empresa Torke Empreendimentos teria contrariado normas do BNDES ("BB dribla regra ao emprestar para amiga de chefe do banco", "Poder", 21/10). Há uma norma da Finame [programa de financiamento] que permite que empresas que adquiram equipamentos financiados pelo banco os arrendem, desde que o cliente possua como seu objeto social/atividade econômica a locação de bens, conforme o cadastro CNAE [Classificação Nacional de Atividades Econômicas] da Receita. Este é o caso da Torke. A regra se aplica à empresa citada e a qualquer outra na mesma situação. A questão foi explicada em detalhe e os normativos apresentados ao repórter, que preferiu ignorar os esclarecimentos.
PAULO BRAGA, chefe da assessoria de imprensa do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DO JORNALISTA LEONARDO SOUZA - A afirmação não procede. O agente financeiro repassador (Banco do Brasil) aprovou limite interno de crédito para a operação antes mesmo de a empresa em questão, a Torke, alterar seu CNAE para incluir locação de veículos. Ademais, a administradora da empresa, Val Marchiori, não apresentava reputação creditícia adequada, dado seu histórico de inadimplência, nem capacidade financeira suficiente para tomar o crédito, certamente critérios também exigidos pelo BNDES. Ainda assim, a explicação dada pelo BNDES foi devidamente contemplada no texto.
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No mais recente escândalo do governo Dilma, Val Marchiori recebe R$ 2,7 milhões, a título de empréstimo, mesmo com o nome sujo, apenas e tão somente por ser amiga do presidente do Banco do Brasil. A garantia do empréstimo causa espécie. Pensão alimentícia é absolutamente impenhorável, o que é de conhecimento de qualquer estudante de primeiro ano de direito.
ADILSON CARVALHO DE ALMEIDA (São Paulo, SP)
Crise da água
É lamentável o PSDB transformar a crise da água em guerra de palanque. Geraldo Alckmin se recusou a acreditar na possibilidade de racionamento e foi alertado por órgãos de governo e pesquisadores. A raiz do problema é o aparelhamento da Sabesp.
RODRIGO DE FILIPPO (Rio de Janeiro, RJ)
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Não se pode culpar o governo paulista pela falta de água. Primordialmente a culpa cabe à falta de chuva. Nunca ficamos tanto tempo sem uma só gota vinda do céu. Dizem que o governo deveria ter tomado medidas preventivas. Talvez, mas a que custo? O governo pode ser acusado de não ter ter precavido a população sobre o que enfrentaríamos.
LUCIANO R. R. SOUZA (São Paulo, SP)