Painel do Leitor
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Eleições 2014
Em junho de 2013, houve o maior movimento de manifestações por mudanças na história do país. Até então, tudo estava errado. Agora, parece que, na cabeça do "zé-povinho", está tudo certo. A alternância no poder é salutar. Quando um partido fica muito tempo no poder, aparelha o Estado de tal forma que fica impossível para a oposição vencer.
FLÁVIO CARDOSO (Guariba, SP)
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Formidável a coluna de Elio Gaspari ("Todos soltos, todos soltos, até hoje", "Poder", 19/10). Há que se frisar que o caso Alstom, em São Paulo, equivale a mais de dez mensalões e lembrar que nos governos FHC havia o "engavetador-geral da República", que barrava apurações. Sob Lula e Dilma, as investigações avançaram e a autonomia do Ministério Público e da PF foi respeitada.
JULIANO MARTINS DE LIMA (Cravinhos, SP)
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O artigo "Fora, PT" (Tendências/Debates, 23/10), de Marco Antonio Villa, expõe claramente que, em 12 anos, o PT usa políticas sociais para "saquear o Estado brasileiro em proveito próprio". Para se perpetuar, transformou a campanha na "mais vil campanha de calúnias e mentiras de uma eleição presidencial".
MÁRCIA HELENA B. DEMARCHI (Rio Claro, SP)
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Houve dois grandes erros na campanha de Aécio. Não aproveitou o apelo emocional da morte do avô Tancredo Neves, único presidente eleito que não chegou a tomar posse. Outro erro foi o equivocado slogan "Muda Brasil!"; nenhum eleitor que ganha o Bolsa Família quer arriscar-se ver alguma coisa mudar no país.
RODRIGO ENS (Curitiba, PR)
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O Tribunal Superior Eleitoral veicula sua história na TV com a mensagem "...é isto que a Justiça Eleitoral faz há 70 anos". A mensagem induz o desavisado a erro ao desconsiderar o período do regime de exceção instaurado no país, que interrompeu a vivência democrática do voto direto.
SÔNIA MARIA P. DE AZEREDO (Rio de Janeiro, RJ)
Pronaf
Sobre a reportagem "Procuradoria susta ações da PF contra fraude em programa" ("Poder", 23/10), o Ministério Público Federal informa que a operação, autorizada para maio, foi adiada a pedido da Polícia Federal. Tratativas entre MPF e PF indicavam outubro como nova data, mas, unilateralmente, a PF marcou a operação para 30/9, comunicando ao MPF apenas na noite de 26/9, sexta-feira. Sendo inviável mobilizar, nesse prazo, procuradores da República para acompanhar o cumprimento das medidas, o MPF pediu ao STF um adiamento. Surpreendido pela publicação na imprensa das medidas previstas e considerando que seu sucesso dependia do sigilo, o procurador-geral da República solicitou o cancelamento da operação. A investigação segue por outras linhas.
CLÁUDIA LEMOS, secretária de Comunicação do Ministério Público Federal (Brasília, DF)
RESPOSTA DO JORNALISTA RUBENS VALENTE - Os argumentos da PGR estão contemplados na reportagem.
Empréstimo bancário
Muito estranho e confuso tudo o que envolve o empréstimo a Val Marchiori ("BB ajudou Marchiori a obter aval do BNDES em empréstimo", "Poder", 24/10). Sou aposentado do BB e não entendi nada sobre a explicação dada pelo banco. Se todas as análises de crédito apontavam para o indeferimento da operação, se havia débitos pendentes, garantias insuficientes e documentação incompleta, como alguém pode afirmar que a operação transcorre "em perfeita normalidade"?
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)
Crise da água
Os chargistas da Folha da página A2 estão sofrendo de falta de criatividade. Todos eles, em todos os dias desta semana, souberam somente abordar um assunto: a falta de água em São Paulo. Será mera coincidência que o assunto venha à tona na véspera da eleição presidencial ou o manancial de criatividade deles também está se esvaindo?
GIL MOREIRA NETO (São Paulo, SP)
Aborto
A lei do aborto vigente hoje é injusta quanto à responsabilidade que recai sempre sobre a mulher ("Conselho apoia opção de aborto até 3º mês", "Cotidiano", 23/10). Nenhuma mulher quer aborto quando o filho é desejado e o homem, pai da criança, assume a paternidade. Então aborto clandestino ocorre quando a criança é indesejada pelos pais, ou por interesse das quadrilhas formadas por abutres humanos.
WALTER BARBOZA (Sorocaba, SP)
Salário de professor
O quadro que acompanhou a reportagem "Motoristas do TJ-SP podem ganhar mais que juízes iniciantes" ("Poder", 20/10) reproduz informação enganosa do governo estadual sobre salários do funcionalismo em São Paulo. O suposto salário de R$ 8.504 não existe, porque nenhum professor poderá chegar ao nível/faixa 8 da carreira nos próximos anos. Os níveis e faixas 6, 7 e 8 da carreira foram criados em 2011 e estão sendo regulamentados. Além disso, desse suposto salário máximo, R$ 3.644,50 se referem à GDPI, gratificação atribuída somente aos professores das escolas de tempo integral (182 das 5.000 escolas da rede).
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Ciclovias
Expositora na feira de arte e artesanato da praça da República há 30 anos, venho comentar o descaso da Prefeitura de São Paulo com um local que deveria constar do calendário turístico, como a célebre Place du Tertre (França). Nossa praça merece respeito por existir há muito tempo. Por lá passaram grandes nomes da nossa cultura. Mas o PT de Hadad liga para a cultura? No domingo (19), ao chegar às 4h, encontramos os lugares de estacionamento da praça demarcados para a ciclovia. Não houve a delicadeza de um aviso. Sozinha, não sabia o que fazer. Antes da ciclovia, tiraram nossas vagas para faixa de motos e táxis. Aos poucos, a prefeitura quer nos expulsar.
LISETE CARDOSO NEVES METRAM (Guarulhos, SP)