Painel do Leitor
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Eleições 2014
Qualquer que seja o novo presidente eleito hoje, a mudança já está garantida no Brasil. O povo não quer mais corrupção, mentiras, promessas e privilégios para poucos. Que seja lançado o programa Bolsa Brasileiro, garantindo a todos saúde, educação, trabalho e segurança.
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
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Estou muito surpresa e decepcionada com a não inclusão do agronegócio nos debates dos candidatos à Presidência da República. Esse segmento é responde por quase um quarto das riquezas produzidas no Brasil, mas está passando por uma crise sem precedentes. O agronegócio merece um lugar de destaque nas discussões políticas.
ANA ROSA BELLODI (Jaboticabal, SP)
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Acompanho a cobertura da Folha sobre as eleições e apreciei a decisão de publicar na seção Tendências/Debates artigos que explicitam as posições divergentes de inúmeros intelectuais sobre os dois candidatos à Presidência da República. Está na hora de apresentar intelectuais que estejam preocupados, como eu estou, com o dia seguinte. Como ficará o nosso Brasil, hoje tão agressivamente cindido, quando for anunciado o resultado desta eleição presidencial? Quem estaria em condições de argumentar sobre a necessidade de um pacto político em defesa da nossa ainda tão jovem democracia?
HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP)
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A leitora Sônia Maria P. de Azeredo (Painel do Leitor, 25/10) se esquece que, no período de exceção, o voto indireto era para os cargos de presidente e governador. O Tribunal Superior Eleitoral atuava na eleição para os demais cargos, exceto de prefeitos de capitais e de alguns municípios. Tivemos também, na abertura do regime militar, governadores eleitos diretamente.
PAULO MARCOS G. LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
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Afirmar, como fez o colunista André Singer em "Programa mínimo" ("Opinião", 25/10), que "enquanto a primeira [Dilma] propõe mais Estado para proteger os mais pobres, o segundo [Aécio] acredita em mais mercado, o que favorece os mais ricos" é mais do que simplificação grosseira. É uma estultice que agride a inteligência do leitor.
JOSÉ ARNALDO FAVARETTO (Ribierão Preto, SP)
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Em "Onda" ("Opinião", 24/10), Eliane Cantanhêde lamenta os danos causados à imagem de Aécio pela campanha de Dilma. Estranho nada dizer sobre a campanha permanente da oposição contra o PT, com o apoio da grande mídia, para transformá-lo, e a seus integrantes, no partido responsável pela corrupção no Brasil. Pouco se fala do financiamento das campanhas tucanas e dos escândalos nos seus governos. Pouco se fala também sobre as medidas anticorrupção adotadas pelos governos petistas.
CARLOS ZARATTINI, deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)
Ciclovias
Mera força de hábito mais impunidade garantem que ciclistas diariamente exponham pedestres a riscos, nas calçadas. Comportamento que passivamente aceitamos. Ante a absurda chance de ser colhidos por uma bike.
RUBENS CANO DE MEDEIROS (São Paulo, SP)
Crise da água
Ode à divina comédia da incompetência administrativa, em que a falta de investimento na manutenção e na proteção de nossos mananciais, o abuso das construtoras e o descaso com a ampliação da infraestrutura nos presenteiam com a sede.
OCTÁVIO TURRA BARBOSA (São Paulo, SP)
Novo imortal
Parabéns ao grande intelectual, historiador maior de nosso Brasil holandês. Obrigado, Evaldo Cabral de Mello.
ALBERTO JABUR (Curitiba, PR)
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O historiador Evaldo Cabral de Mello ("Historiador Evaldo Cabral de Mello, 78, é eleito imortal", "Ilustrada", 24/10) nos alerta para uma verdade pouco respeitada: "Historiador não tem que falar sobre o presente".
ELISABETO RIBEIRO GONÇALVES (Belo Horizonte, MG)
Sendo mortal
Se Hélio Schwartsman resumiu bem o livro "Being Mortal", do americano Atul Gawande ("A arte de morrer", "Opinião", 25/10), faltou dizer o que há de diferente do que Kubler-Ross já havia escrito na década de 60 em "Sobre a Morte e o Morrer". Kubler-Ross estudou o processo da morte e deixou para a posteridade os cinco estágios da morte e do morrer --além, é claro, do debate acerca da perda da qualidade de vida (ou de morte) e do distanciamento dos parentes e profissionais de saúde com relação aos pacientes terminais.
MARCELO SÁ DA SILVA (Poços de Caldas, MG)
Burocracia estatal
A reportagem sobre o sociólogo Luciano Martins ("Luciano Martins, um estudioso do empresariado, morre aos 80 no Rio", "Poder") afirma que sua obra mais famosa é "Estado Capitalista e Burocracia no Brasil Pós-64" e sugere que o executivo das estatais é "um tipo sociologicamente novo, situado entre o administrador público e o empresário". Lembro que Caio Prado Jr. fala algo muito parecido sobre o período anterior. No livro "A Revolução Brasileira" (1966), menciona uma burocracia estatal.
MARCOS SILVA, professor titular de metodologia da história na FFLCH - USP (São Paulo, SP)