Painel do Leitor
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Cartões corporativos
A despeito de acreditar que Dilma Rousseff seja incomparavelmente mais comedida que Lula em supérfluos, não gosto nem de imaginar os absurdos contidos nos gastos secretos do Planalto petista ("Gastos secretos com cartões do Planalto batem recorde", "Poder", 11/11). Margaret Thatcher já dizia que a doença usual da esquerda é consumir o dinheiro dos outros.
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)
Aliança política
Certamente o quadro político seria outro se o PT e o PSDB fossem aliados políticos em vez de adversários ("A frustrada aliança entre PT e PSDB", Tendências/Debates, 11/11). Ambos possuem em seus quadros lideranças políticas e pensantes de grandes capacidades para o país. Fico imaginando: a união não se tornaria o PMDB de hoje?
JULIO CAMPOS NETO (Cuiabá, MT)
Gestão pública
Existe um descompasso entre o Brasil real e o país edulcorado pela campanha do PT. O mar de almirante na campanha teve fim unicamente eleitoreiro, sendo que os comandantes da economia, a princípio, parecem estar com os pés no chão. Sabem que enfrentarão em breve um mar não tão convidativo. Os cintos terão que ser apertados, ou uma queda feia será inevitável.
MARCELO LANZARA (Bertioga, SP)
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Antônio Imbassahy ("Aécio Neves e o resgate da boa política", Tendências/Debates, 11/11), do PSDB, foi responsável por uma das mais desastrosas administrações na Prefeitura de Salvador, não realizando nada pela melhoria do transporte coletivo. É um dos responsáveis pelo atraso na obra do metrô na cidade.
GERMANO QUITETE MACHADO (Salvador, BA)
Uso de medicamentos
Bastante pertinente a coluna "Sem remédio", de Rosely Sayão ("Cotidiano", 11/11). É temerosa a equalização dos indivíduos e a medicalização da vida, que tem trazido enorme prejuízo ao ser humano. A exigência de alta produtividade leva muitos pais a lançarem mão de artifícios que podem provocar sérios danos ao futuro das crianças. O respeito à singularidade parece ter sido esquecido por pais e profissionais.
INES VIEIRA LOPES PIRES, cientista social (Campinas, SP)
Infecções
Lendo a coluna "Crônica de uma morte inexplicada" (folha.com/no1546208), de Cláudia Collucci, relembrei a morte de minha mãe há muitos anos, também por sepse. Ela viveu exatamente duas semanas após sentir a primeira dor no joelho. Sentia ânsia de vômito, e passamos por vários médicos e nenhum cogitou uma infecção --foi receitado Plasil. Agradeço a Cláudia Collucci em colocar a questão a público. A sepse mata muito rápido e continua a matar.
ODETE DOS SANTOS (Guarulhos, SP)
Meio ambiente
Em relação à nota "Matagal de números" ("Painel", 10/11), o Ministério do Meio Ambiente esclarece que a informação publicada contém um equívoco metodológico. O indicador oficial de desmatamento é o Prodes, sistema de monitoramento divulgado pelo Inpe anualmente. Em outubro, a presidenta Dilma Rousseff, ao citar a próxima taxa de desmatamento, fez referência aos dados do Prodes que ainda serão divulgados este mês. Portanto, fazer ilações da frase da presidenta com outro indicador está errado.
CAMILLA VALADARES, assessora de comunicação do Ministério do Meio Ambiente (Brasília, DF)
RESPOSTA DA JORNALISTA VERA MAGALHÃES - A nota não faz menção à diferença de metodologia entre os dois indicadores do Inpe, assim como em sua postagem no Twitter e na entrevista coletiva em 19 de outubro, a presidente Dilma Rousseff também não fez. Ela apenas afirmou que haveria queda no desmatamento, o que a nota informa.
Licitações
Às vésperas da votação no Senado da revisão da Lei de Licitações, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) utiliza argumentos falsos para defender a contratação de obras públicas com base somente em anteprojetos. Não há, na prática, ganho de tempo: o prazo médio entre as datas de entrega das propostas e a assinatura dos contratos tem sido mais longo do que nos demais regimes. Inexiste também ganho financeiro: os deságios são bem menores que nos casos que exigem projeto. O Senado não pode votar, às pressas, um projeto de tamanho impacto para todo tipo de contratações públicas.
JOSÉ ROBERTO BERNASCONI, presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) (São Paulo, SP), e HAROLDO PINHEIRO, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR) (Brasília, DF)
Melhor canção
A bela crônica de Ruy Castro ("Impossível escolher", "Opinião", 8/11), sobre "a melhor canção de todos os tempos", causou debate na conhecida feira dos sábados na praça Benedito Calixto, em Pinheiros, aqui em São Paulo. Houve concorde com as escolhas do expert. Foi opinado que Ruy teria esquecido canções como "Luiza" (Jobim), "Luar do Sertão" (Catulo), "Manhã de Carnaval" (Bonfá), "Quem Sabe" (Carlos Gomes), "Vila Esperança" e "Bom Dia Tristeza" (Adoniran).
LUIZ ERNESTO KAWALL (São Paulo, SP)
Colunistas
Gostaria de frisar a minha decepção de não ler no jornal, de que ainda gosto e admiro, as colunas dos jornalistas Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues.
OMAR SOUZA AHMED (São Paulo, SP)
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A saída de Eliane Cantanhêde da Folha revela desrespeito. Considero um acinte aos assinantes do jornal.
REGINA MARDER (Curitiba, PR)