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Crack
Mais insano que usar drogas durante a gestação, como mostrou a reportagem "Grávidas do crack" ("Cotidiano", ontem), é achar que o governo se preocupa com os usuários de crack. Diariamente, inúmeras grávidas são levadas intoxicadas aos nossos maravilhosos hospitais públicos. O risco materno-fetal exige que sejam gastos muitos reais em medicamentos, leitos, internações prolongadas e procedimentos de urgência. Os cofres da prefeitura e do Estado competem para ver quem doa menos recursos. E, quanto mais a polícia bate na cracolândia, mais gastos são gerados nos hospitais para "curar" os incuráveis.
Rafael Machado Cury, médico (São Paulo, SP)

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Em relação à reportagem "Grávidas do crack", cabe dizer que as propostas circulantes sobre as estratégias de tratamento dos dependentes sofrerão amarga derrota caso não avancem muito além da intervenção medicamentosa, psicológica e de infusões religiosas. Educação, acolhimento, bem-querer, desenvolvimento de relações humanas, qualidade de vida e motivação para o trabalho, obrigatoriamente, têm que caminhar ao lado de psicofármacos e psicoterapias. Estamos falando da velha e desgastada reintegração sociofamiliar? Não. Estamos falando da nova, aquela que ainda não está sendo implantada.
Elko Perissinotti, vice-diretor do Hospital-Dia do Instituto de Psiquiatria do HC (São Paulo, SP)

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Se há tanta concentração de usuários de entorpecentes em um só lugar, é porque, há muito tempo, o poder público deu
as costas ao problema.
Célio Borba (Curitiba, PR)

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Ao assumir que o motivo da intervenção na cracolândia é privilegiar o que mais parece ser uma reintegração de posse, o poder público deve explicar à sociedade o motivo de usar o aparato da polícia ostensiva, inclusive com tiros de borracha e uso de bombas de efeito moral madrugada adentro, contra homens e mulheres que -por omissão estatal-chegaram aonde chegaram.
Se a intenção da ação for mesmo a de revalorizar a região e reimplementar o comércio local, dando sensação de (limpeza e) segurança a quem ali mora e trabalha, será preciso explicar para onde serão mandadas as pessoas que têm sido, há tempos, tratadas como párias. Aguarda-se esclarecimentos dos responsáveis pelo que parece ser um ato higienista.
Renato Stanziola Vieira (São Paulo, SP)

Medicina
Além da transparência médica, tão bem situada pelo editorial de ontem, associaria a tão importante escrita, conhecimento e julgamento médicos. Estes dois últimos devem caminhar sempre juntos, pois o segundo depende muito do primeiro.
O médico com transparência, conhecimento e capacidade imparcial de julgamento para os diversos métodos diagnósticos e terapêuticos tornar-se-ia imune às aprovações indevidas por agências regulatórias, incluindo-se aí a Anvisa e a FDA, e, consequentemente, não prescreveria medicamentos desnecessários e não usaria tecnologias inapropriadas.
Fausto Feres, médico do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (São Paulo, SP)

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É no mínimo duvidosa a atitude do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), que tenta impedir que consultas médicas possam ser feitas com profissionais cadastrados em empresas de desconto que atuam na internet. Para os médicos, há a vantagem de receberem mais
do que pagam os convênios e, para os pacientes, existe evidente vantagem para os que não podem arcar com os planos convencionais. O que há de ilegal nessa prática? Absolutamente nada, nem nada de antiético.
Paulo Serodio (São Paulo, SP)

Silicone
Divulgou-se que o SUS bancará a substituição das próteses de silicone potencialmente defeituosas fabricadas pela francesa PIP e pela holandesa Rofil ("SUS e planos de saúde vão substituir silicone rompido", "Saúde", ontem).
Deixa-me ver se entendi bem: uma mulher coloca um implante de uma marca que ela escolheu para melhorar (segundo ela) sua estética, com recursos próprios, no médico que ela escolheu, mas aí o produto apresenta defeito e o nosso riquíssimo SUS diz que vai bancar sua troca? Quem pariu Mateus que o embale.
Antonio Pedro da Silva Neto (São Paulo, SP)

Ministérios
Espero que Dilma, quando escolher os ministros, respeite a
democracia e o voto popular.
Escolhemos nossos candidatos para serem deputados e senadores e nunca para serem ministros. Presidente, seu ministério deve ser constituído por pessoas probas e competentes.
Roberto Tovar Anffe Nunes (Três Lagoas, MS)

Eike
Descobri a fórmula para o sucesso. Vou mudar o nome da minha empresa, pondo um "X" para ver se consigo um empréstimo do BNDES. Quem sabe?
Margareth Kharmandaian (São Paulo, SP)

Pontes e viadutos
Incrível a diferença entre o Brasil e o Japão. No país oriental, uma rodovia que havia sido destruída durante terremoto e tsunami foi reconstruída em uma semana. Aqui, especificamente em São Paulo, um viaduto (Pompeia) atingido por um incêndio deverá passar por uma análise de quase um mês. Enquanto isso, trabalhadores que não podem desviar-se do caminho intransitável nas imediações do viaduto, pois utilizam ônibus, chegam atrasados a seu trabalho.
Leonardo AraÚjo da Silva Dias (São Paulo, SP)

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