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Igreja

O texto "Até tu, cardeal" (Tendências/Debates, ontem), de Francesco Scavolini, é estarrecedor. A aversão às diferenças externada nas palavras de Francesco demonstra como parte da igreja trata aqueles que não agem sob as regras do Vaticano. Repudiar a ação de um cardeal que se propôs a discutir um projeto de lei que pune o preconceito é posição que destoa do evangelho.

É chegada a hora de compreender que somente o diálogo pode construir um mundo melhor e que o repúdio só constrói o ódio.

JULIANO MARTINS DE LIMA (Cravinhos, SP)

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É um alento para leitores que, como eu, estão cansados de ver a defesa do projeto de lei da senadora Marta Suplicy e todo o blá-blá-blá "anti-homofóbico", ler, uma vez ou outra, artigos como o de Francesco Scavolini.

Faço questão de demonstrar minha satisfação em ver a coragem do autor em não medir palavras, em chamar as coisas e

as pessoas citadas pelo que realmente são, sem preocupação com a linguagem politicamente correta e, muito menos, com os patrulhadores de plantão.

DIOGO VIDAL DE OLIVEIRA (Volta Redonda, RJ)

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O artigo de Francesco Scavolini nos faz lembrar de quantas não foram as tragédias da humanidade justificadas pelo substrato religioso. Inquisição, guerras santas, destruição de culturas indígenas, terrorismo, holocausto, entre outros, também foram feitos pela conduta de religiões de negar o que chamam de "perversões". Se o aborto é um mal para a religião, estão aí as missas e os cultos para que bispos, padres e pastores convençam seus fiéis a não fazerem. Ao Estado, isso deve ser pensado como problema de saúde pública. E só.

LUÍS FERNANDO SANTOS (Belo Horizonte, MG)

SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

Sabemos que espetáculos deprimentes, a exemplo do "BBB", das "Mulheres Ricas", dos rodeios paulistas e do UFC (Ultimate Fighting Championship)-, envolvem interesses milionários dos produtores e da mídia.

Não são programas que eduquem, que instruam, que contribuam para a formação sadia de um povo. Muito pelo contrário. São programas que deveriam estar na mesma classificação das rinhas de galos e, como tais, colocados na clandestinidade e combatidos pela polícia.

Parece, todavia, que é sonho vão. Os que são contrários a esse circo de horrores se omitem e os outros pagam para ver. Enquanto houver quem pague, o espetáculo continuará, nas maiores emissoras de TV, nos melhores estádios municipais e nas mais escondidas e repugnantes rinhas pelo Brasil a fora.

HELMIR ZIGOTO (Brasília, DF)

Crack

A proposta da leitora Rosineia Oliveira dos Santos (Painel do Leitor, ontem) de "colocar uma base militar" na região tomada pelo crack me fez imaginar que os usuários vão se transferir para um bairro contíguo, a poucos quilômetros da cracolândia. Aí, seria colocada nova base militar e assim por diante, certo? Quantas bases militares seriam necessárias para enxugar todo esse gelo?

JOSÉ PAULO FERRER (São Paulo, SP)

Prefeituráveis

Outra vez a Folha omite indevidamente o nome de Soninha Francine (PPS) ao nominar os "principais" pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo ("Operação na cracolândia é 'desastrada', diz Haddad", "Poder", ontem). Esquece-se que em todas as pesquisas nota-se a saturação do eleitor com os candidatos da polarização PT x PSDB.

Sabemos que as pesquisas são um retrato momentâneo, mas não deixa de ser relevante que Soninha tenha mais votos, hoje, que os nomes do PT e do PSDB somados. Soninha lidera entre

os eleitores com nível superior e está embolada em primeiro no eleitorado de classe média. Isso não é notícia?

Sensível aos anseios da população, o PPS investe em três frentes: 1) É o primeiro partido a adotar o "Programa Cidades Sustentáveis"; 2) Faz uma carta aberta a Marina Silva e aos "marineiros", reforçando a importância da construção dessa terceira via para São Paulo e para o Brasil; 3) Efetua a filiação de expoentes do Movimento Nova Política, recém-lançado por Marina, como é o caso do empresário Ricardo Young, ex-candidato ao Senado com 4 milhões de votos e que disputará uma cadeira de vereador pelo PPS em 2012.

MAURÍCIO HUERTAS, secretário de Comunicação do PPS-SP (São Paulo, SP)

ECONOMIA

É necessário olhar com cuidado a atuação das agências de risco. A S&P (Standard & Poor's) rebaixou a nota de nove países da zona do euro -anteriormente já havia feito o mesmo com os EUA. O interessante é que essas agências só se pronunciam depois que a "vaca foi para o brejo". Até eu consigo ser profeta de fato que já aconteceu. Não se pode admitir que essas instituições continuem trazendo incertezas para o mercado e não sejam questionadas. Alguém deve estar ganhando com essas avaliações tardias, especulativas e inúteis.

JOÃO ISRAEL NEIVA (Belo Horizonte, MG)

CNJ

Recentemente, como presidente da Apamagis (Associação Paulista dos Magistrados), usei a expressão "quem não deve não teme", acrescentando que não se pretende obstar as atividades próprias do CNJ. Cabe reafirmar que isso decorre da convicção de que a Corregedoria de Justiça de SP exerce exemplarmente suas funções. Os raríssimos casos de desvios de conduta contaram com firme atuação da Corregedoria, muitas vezes mais rigorosa que o próprio CNJ.

Dito de maneira direta e clara: os magistrados paulistas apoiam qualquer ação voltada ao aperfeiçoamento e à fiscalização, o que nem de longe se coaduna com o desrespeito às leis e à Constituição, que estabelecem balizas importantes como limites da competência entre Poderes e órgãos, a presunção de inocência e, especialmente, a necessária ponderação nas manifestações.

No Estado de Direito, ninguém está acima da Constituição. Por isso, a Apamagis estende apoio aos ministros do STF e confia que as ações que visam evidenciar os limites de atuação do CNJ e das Corregedorias serão julgadas de maneira serena, independente e com os olhos voltados ao melhor para o Brasil e para a cidadania.

ROQUE MESQUITA, desembargador e presidente da Apamagis (São Paulo, SP)

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